Elementos de dominação e de discriminação...
Embora quem mais influiu em nossa história não tenha
sido o “povo votante”, mas o “povo na rua”, essa gente parece ter trocado a importante
presença física na rua pela participação virtual nas redes. Talvez isso nem
seja mero acaso ou simples fenômeno moderno, mas uma estratégia do sistema que
não suporta a entrada formal e massiva de povo na política.
De qualquer forma, o peso da participação popular no
nosso processo histórico é inegável. Seja muito mais do ponto de vista das
manifestações de rua do que da ampliação cada vez maior do eleitorado, hoje
precisamos dessas duas manifestações para mudar o Brasil. E onde elas estão?
A miséria da participação popular novamente é
histórica. Esse escândalo que mantém a maioria nesse estado de inércia e
expectativas tem “legado da Casa Grande”. De um lado, nossas tentações
autoritárias, nosso racismo, nosso patriarcalismo; do outro lado, a
persistência de um sentimento de dominância e posse masculinas, ranço do patriarcalismo e do escravismo.
Um fardo que apequena o processo democrático e republicano no Brasil. Embora
histórica, sua vívida presença se faz sentir nos dias de hoje:
1.
Está aí a postura de Bolsonaro em relação às mulheres, acompanhada pelas
estatísticas da crescente violência contra a mulher hoje.
2.
Na outra ponta, de 1995 até 2021, mais de 57 mil trabalhadores foram
libertados de situações análogas à de escravidão em atividades nas zonas rural
e urbana do Brasil.
Enfim, a democracia brasileira tem muita elite e pouco
povo. Afinal, a história é categórica nesse empurra e não vai:
Nenhum comentário:
Postar um comentário