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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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domingo, 10 de outubro de 2021

Tema da Redação do ENEM - 2021

 Qual será o tema da redação do ENEM - 2021? 

Chutes e palpites: 


1.  A segurança das crianças no mundo virtual. 

O isolamento e o distanciamento social trazidos pela pandemia de coronavírus em 2020 afastaram as crianças das interações físicas e presenciais da escola. Do outro lado, trouxe os desafios de ministrar aulas à distância com a modalidade do ensino remoto. Nesse cenário, os pequenos ficaram mais expostos aos recursos tecnológicos e ao meio virtual. 

As redes sociais, e não só elas, têm vantagens mas também possuem sérios perigos. Polemizadas pelos discursos de ódio, fake news, polarizações políticas e outros conteúdos inapropriados, as crianças ficam sujeitas a receberem esses impactos negativos em sua formação cognitiva, emocional e psicossocial. Até recentemente, o Facebook pretendia lançar um "Instagram só para crianças", e o produto não veio à tona porque a empresa foi acusada de priorizar o lucro e não a segurança de seus usuários. Podem as empresas privadas decidirem sozinhas o que as crianças vão acessar na rede? As plataformas de conteúdos diversos para adultos que invadiram os lares e as famílias brasileiras estão preocupadas com ferramentas que filtram o alcance e o impacto no mundo infanto-juvenil? Pais, professores e responsáveis estão preparados para lidar com a segurança das crianças frente aos perigos que moram no mundo virtual? Nossa legislação protege as crianças desses riscos?

E que perigos são esses? O da pornografia, da pedofilia, de abusadores e da erotização explícita; o do tráfico de crianças e órgãos; dos conteúdos de ódio, violência  e fake news; da violência explícita, dos jogos violentos e videogames com conteúdos vis; dos filmes, novelas e todo azar de produções inapropriadas. Isso mostra que, se o mundo virtual apresenta inseguranças é porque nosso mundo real é cheio de ameaças. Assim, para proteger as crianças no mundo virtual é preciso resguardá-las primeiro no mundo real. Afinal, a segurança começa em casa e continua nas redes. 

Desse modo, existe uma outra ponta, é importante destacar. Um contingente enorme de crianças e adolescentes estão livres desses perigos porque simplesmente ficaram excluídos do mundo virtual. Acesso a recursos tecnológicos não é um forte para as crianças e adolescentes pobres das famílias brasileiras que sequer conseguiram acompanhar o ensino remoto por falta de condições e ferramentas. Mas aí existem outros riscos também do lado de cá: o da exposição à violência doméstica e da brutal desigualdade que expõe as crianças à exclusão digital. Assim, é verdade que precisamos proteger as crianças do mundo virtual, mas é preciso protegê-las também do mundo real e suas injustiças sociais. 

Enfim, estamos todos preocupados com a saúde física diante dos grandes riscos trazidos pelo coronavírus e os impactos da Covid-19 em nossas vidas, e não é por menos. Mas, há outra epidemia silenciosa nos lares brasileiros. Ela advém da exposição das crianças aos perigos do mundo real que saltam para o mundo virtual, e que ameaçam seu desenvolvimento físico e psicossocial. É da vida e da saúde integral, esses dois direitos fundamentais trazidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, que devemos cuidar com legislação e fiscalização, desde a tenra idade, tanto nas redes como fora delas. 

Um tema muito pertinente!



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