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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

domingo, 20 de dezembro de 2015

Seis características do professor do século 21.

Eis as qualidades do novo educador...

1ª - Ter boa formação: o mestrado é o caminho natural.


Os bons educadores, aqueles que realmente fazem a turma aprender, são os que não param de estudar. Isso implica dominar cada vez mais o conteúdo curricular como também as ferramentas para pensar em novas formas de abordá-lo durante as aulas. O mestrado nessas horas é um bom caminho. A integração entre o mestrado e a experiência em sala de aula leva a reflexões sistemáticas que eliminam barreiras entre a teoria e a prática. Ele rompe com visões tradicionalistas e noções simplistas. Acredito que a boa formação é o caminho para a Educação pública dar um salto de qualidade. Só assim os educadores vão dominar os conteúdos, fazer um planejamento de acordo com as diretrizes da rede e a realidade dos alunos e avaliar a própria prática. Sinto cada vez mais confiança em relação a meus conhecimentos e, quanto mais estudo, mais percebo como isso é imprescindível para ensinar bem.
2ª - Usar as novas tecnologias: um recurso a favor dos conteúdos.

A tecnologia pode potencializar o ensino. Ora os educadores não capacitados para aproveitar esses recursos ou os usa sem planejamento. Aprendi a importância de analisar quais conteúdos podem ser ensinados com o auxílio da tecnologia. O fato é que nossos alunos são formados dentro da cultura digital e profundamente influenciados por ela. Com a democratização do uso da internet, o crescimento do número de lan houses, o barateamento dos computadores e mesmo a implantação de programas de governo destinados à informatização das escolas, não há por que trabalhar usando somente o quadro e o giz. Cabe a nós entender como se dá esse processo e nos atualizar de forma a desafiar os estudantes.
3ª - Atualizar-se nas novas didáticas: um jeito de ensinar cada disciplina.

É importante não perder as formações oferecidas pela rede como meio de atualizar em relação à didática. Faz toda a diferença no dia a dia na sala de aula ter contato com as obras de autores consagrados e se aprofundar nas didáticas específicas. Hoje tomo decisões com mais segurança e, quando vejo o quanto os estudantes estão avançando, percebo que estou no caminho certo. 
 4ª - Trabalhar em equipe: na troca de ideias, todos ganham.

Hoje tenho total clareza de que, conversando com os demais professores e com a orientadora pedagógica, é possível descobrir formas mais eficazes de ensinar. Juntos, planejamos as atividades, analisamos o que funcionou ou não e pensamos no que é preciso fazer para melhorá-las. Os pais são outros grandes aliados no processo de ensino e aprendizagem. Quando todos - família, professores e gestores - se envolvem, o aluno sempre ganha.
5ª - Planejar e avaliar sempre: observar para reorientar o trabalho.

Há uma importância fundamental de usar meios avaliativos para checar o que de verdade os alunos aprenderam e, com isso, verificar a qualidade e a consistência das estratégias de ensino para reorientar o trabalho em sala. Para isso, a escola precisa ter um currículo bem estruturado para se saber quais são as expectativas de aprendizagem para cada conteúdo. É importante começar a aula com uma sondagem e, com base nesse levantamento, programar maneiras de retomar o que não foi aprendido. Na hora de introduzir um conteúdo, propor situações diversas antes de entrar na teoria propriamente dita, definindo estratégias e fórmulas e sistematizando o que se viu na prática. Durante todo o ano, vão se alternando os momentos de planejamento, as aulas e a avaliação - que não se baseia apenas em provas. Observar e registrar as estratégias usadas pelos alunos, as dificuldades e os avanços deles, além de olhar os cadernos. Assim, procurar não deixar as dúvidas se acumularem e logo intervir. Quando identificar alunos com dificuldades, se concentrar em ajudá-los, enquanto quem está em dia com a matéria se ocupar de outras atividades. Trabalhos em grupo, durante as quais os colegas se ajudam, também são essenciais. Algumas vezes, como lição de casa, propor desafios complexos para a garotada. Isso ajuda a ver até que ponto todos entenderam o que foi visto e se conseguem usar um conhecimento em diferentes contextos. Esse é mais um jeito de aproveitar da melhor maneira o potencial da turma e tornar o trabalho ainda mais produtivo.
6ª - Ter atitude e postura profissionais: todos os alunos podem aprender.

Ao não se sentirem ouvidos, os jovens podem perder o interesse pelas aulas. É necessário valorizar o que eles sabem e, sobretudo, respeitar seu cotidiano. Assim, a aprendizagem do conteúdo começou a fazer sentido e eles passaram a ficar mais atentos às aulas. Ainda assim, se surgia alguma briga, eu deixava claro que, como qualquer outro lugar, a sala de aula também tem normas de convivência. Em vez de impor regras, coloquei o tema em discussão e os atritos diminuíram. Todos, independentemente de seu histórico e comportamento, têm a capacidade e o direito de aprender e, por isso, devemos sempre esperar o melhor de cada um. Todo docente deve analisar cada caso, olhar para as dificuldades de convivência, pensar em estratégias para sanar os problemas e criar o melhor ambiente para a aprendizagem. Envolver os pais nesse processo ajuda. Deixo claro para eles que é essencial mostrar aos filhos como se importam com a vida escolar deles. O que ocorre na sala de aula é reflexo da Educação como um todo. Essa reflexão deveria se estender a todos nós, professores, os principais interessados, juntamente com os alunos, na melhoria da qualidade do ensino.

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