O Papa dos Pobres e sua viagem a Cuba - EUA

Papa Francisco (o Papa dos pobres) começa viagem histórica de 09 dias por Cuba (Havana) e EUA (Washington). É a viagem mais longa do seu pontificado. Francisco incitou Obama a se reaproximar de Cuba (com seu presidente comunista Raul Castro, que tem formação Jesuíta), agora o pontífice volta para tentar completar a obra. Derrubar o embargo imposto a partir de 1960: um bloqueio econômico, comercial e financeiro que penaliza os 12 milhões de cubanos. Raul Castro criticou a manutenção do embargo e a ocupação norte-americana da base naval de Guantánamo. A vitória do diálogo e da democracia. Mas, a missão árdua é tentar sensibilizar o Congresso norte-americano, de maioria Republicana, que é contrário ao fim das sanções ao país. Além das mensagens pastorais, o líder católico vai cumprir um papel político muito importante para Cuba e os EUA, e também para um dos capítulos mais tristes da Guerra Fria possa finalmente ser encerrado. É difícil medir a popularidade da Igreja Católica em Cuba porque somente 1% dos católicos cubanos batizados se diz praticante do catolicismo. Em Cuba, a relação entre a Religião, a População e o Estado é complexa desde que Fidel Castro tomou o poder 56 anos atrás. Depois da Revolução Cubana a Constituição definiu esse país como sendo ateu. Isso durou 30 anos e só em 1992 o país parou oficialmente de proibir religião. E a transformação foi marcante. Desde então, nenhum papa deixou de ir à ilha.