O papa iniciou
viagem de nove dias a três países
da América Latina - o Equador, a Bolívia e o Paraguai, marcados pela desigualdade, a pobreza e a pesada herança
de regimes autoritários.
O primeiro papa
jesuíta latino-americano cumpre a viagem mais longa desde que foi eleito, em março de 2013. A participação
da Igreja Católica no debate democrático, o respeito pela identidade cultural
de cada país, a proteção do ambiente e das famílias que sofrem são temas
que o papa vai abordar. Apesar dos seus
78 anos, o papa não teve a menor dúvida ao escolher um programa intenso.
Jorge Bergoglio, que
aos 20 anos foi submetido a uma cirurgia
para retirar parte de um pulmão, vai mastigar folhas de coca para
contrariar o "mal das montanhas", quando estiver em La Paz, a 3.700
metros de altitude. O papa vai celebrar cinco missas ao ar livre, esperando-se
em cada uma entre 1 e 2 milhões de pessoas. Orações e cânticos serão entoados
em línguas indígenas como guarani, quechua e amaira. O papa Francisco esteve no Brasil em julho de 2013 para a Jornada
Mundial da Juventude, em uma viagem que tinha sido planejada durante o
pontificado de Bento XVI.
A visita vai ser
também um ato de reconciliação com a
história colonial espanhola na região, em que o papa vai abordar a
influência jesuíta e a criação, entre os séculos 16 e 18, de missões católicas,
onde eram agrupadas populações indígenas, em uma tentativa de protegê-las e
civilizá-las.
Jorge Bergoglio vai se encontrar com os presidentes Rafael
Correa (Equador), Evo Morales
(Bolívia), Horacio Cartes (Paraguai)
e outros líderes.
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