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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

terça-feira, 18 de março de 2014

CRÍTICA Nº 12:

Desobrigar o ato de votar é convencer os mais pobres de espírito de que eles não precisam participar da política, para depois culpá-los da sua condição de excluídos. Todos nós sabemos que existem obrigações diárias as quais não devemos abrir mão de fazê-las sob o risco de comprometer a nossa sobrevivência. É o caso de limpar a nossa casa para não viver meio à sujeira e seus perigos de doença; de preparar a comida no horário devido para não passar fome; de trabalhar para não ficar em débito com as contas, etc. Mesmo sabendo dessas obrigações inalienáveis, muita gente deixa de cumpri-las, adia ou atrasa seus compromissos, negligencia suas datas ou as empurra com a barriga. Essa ideia lançada no país do voto ser facultativo, isto é, de ir votar ou não quem bem quiser é perigosíssima porque será mais uma obrigação lançada ao acaso ou ao famoso jeitinho brasileiro. Provavelmente é mais uma armadilha criada pela mídia e pela elite pensante. É verdade que o voto não é a única forma de participação popular numa democracia representativa como a nossa, no entanto, é uma das suas principais formas, após muitos anos de luta. Uma conquista social que não pode ser relaxada, muito menos abolida. Sim, o voto não só deve ser como é obrigatório por natureza numa democracia. Existe muita gente nesse país desinteressada pelos assuntos políticos ou que só entra numa discussão quando o prejuízo pesa no próprio bolso para reproduzir o que a TV diz sobre esse ou aquele político. É essa gente pobre de espírito, facilmente manipulável, que terá a preguiça de ir votar durante as eleições e deixará a valiosa importância democrática de escolher os seus representantes da pátria nas mãos de uma reduzida elite que diz ser o melhor governo aquele que representa os próprios interesses e as vantagens do capital. Sou adepto de uma política focada nas causas populares. Relaxar o direito de votar é enfraquecer a democracia. Se o que faz um sistema democrático é a participação de todos, não faz sentido desobrigar sua essência – o ato de votar. Isso é uma estratégia para excluir mais uma vez os excluídos. Isso mesmo, excluir os mais pobres por três vezes: materialmente, espiritualmente e agora politicamente.

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