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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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domingo, 21 de dezembro de 2025

Por que me dediquei à Filosofia? (M.C.)

 

“Estava encantada demais com a descoberta para renunciar a ela”

(Marilena Chauí, “Em defesa da educação pública, gratuita e democrática”).


Em um de seus escritos, Marilena Chauí explica porque se dedicou à filosofia.

Segundo a autora, “Ela me chamava desde o final de minha infância”. E daí cita 05 recordações muito vívidas:

1) abri um livro sobre filosofia da educação (“Sócrates” e “maiêutica”);

2) abri um livro sobre introdução à psicanálise (“inconsciente” e “complexo de Édipo”);

3) o primeiro romance “Quo Vadis” (existência ou não da alma nas mulheres).

4) o livro: “Socialismo utópico e socialismo científico”. E o que descobriu? Descobriu que... “[...] a luta pela justiça, pela igualdade e pela liberdade não era uma luta moral, nascida do espírito da caridade, mas uma ação política consciente determinada pela própria história. Era possível uma sociedade nova, justa e igualitária não simplesmente por causa de nossa indignação diante da injustiça e da desigualdade, mas porque era possível compreender suas causas e destruí-las” (p. 25).

5) Aulas de João Villalobos (curso de lógica: expôs o conflito entre Parmênides x Heráclito; a diferença entre a argumentação de Zenão x Górgias). E descobriu Espinosa e Merleau-Ponty. “[...] não podia tolerar a cultura da culpa em que fomos criados e sentia que era preciso encontrar uma outra ética em que a liberdade e a felicidade pudessem identificar-se – essa procura iria conduzir-me a Espinosa” (pp. 25-26).  

Pensar é a virtude própria da alma, sua excelência (Espinosa).

Para ser inteiramente homem, é preciso ser um pouco e pouco menos homem (Merleau-Ponty).

A experiência de Marilena Cahuí perpassa pelo contato com livros. Esse experiência amadurecida hoje, traz sua concepção forjada de docência e de luta pela universidade.

1.     Uma ideia de docência que cativa Marilena Chauí: “[...] o ensino é formador quando não é transmissão de um saber do qual nós seríamos senhores, nem é uma relação entre aquele que sabe e aquele que não sabe, mas uma relação assimétrica entre aquele cuja tarefa é manter vazio o lugar do saber e aquele cujo desejo é o de buscar esse lugar. [...] há ensino filosófico quando o professor não se interpõe entre o estudante e o saber e quando o estudante se torna capaz de uma busca tal que, ao seu término, ele também queira que o lugar do saber permaneça vazio. Há ensino filosófico quando o estudante também se torna professor, porque o professor não é senão o signo de uma busca infinita, aberta a todos. [...] é o sentido da liberdade que preside ensinar e aprender” (pp. 28-29).

2.     Luta contra a destruição da universidade pública e laica, feita pelo Estado brasileiro, sob os efeitos da sociedade administrada: 1) imposição da universidade funcional: feita para a classe média para rápida ascensão social por meio dos diplomas universitários (“[...] Foi a universidade da massificação e do adestramento rápido de quadros para o mercado das empresas privadas instaladas com o “milagre econômico [...]” (p. 28)). 2) implantação da universidade operacional: sob os efeitos do neoliberalismo, fez desaparecer a universidade como instituição social destinada à formação e à pesquisa, surgindo em seu lugar uma organização social duplamente privatizada: “[...] de um lado, porque a serviço das empresas privadas e guiada pela lógica do mercado; de outro, porque seu modelo é a empresa privada, levando-a a uma existência puramente endógena, voltada para si mesma como aparelho burocrático de gestão, fragmentada internamente e fragmentando a docência e a pesquisa. Essa universidade introduziu a ideia fantasmagórica de “produtividade acadêmica”, avaliada segundo critérios quantitativos e de acordo com as necessidades do mercado. Essa imagem da produção universitária tem sido uma das causas de sua degradação interna e de sua desmobilização externa, pois é uma universidade que despreza o pensamento e o ensino” (p. 28).

Enfim, não foi Marilena Chauí que encontrou a Filosofia, mas a Filosofia que a encontrou. Um encontro recíproco e duradouro. Lindo!

Os 12 melhores Livros de 2025.

 Narrativas históricas, poéticas e sensíveis...

"Em tempos de redes sociais, estamos sendo treinados a revelar a vida íntima dos outros e a encobertar o debate público da política 'do nós'. Por quê? Por que fazer isso se toda história individual é também coletiva?" (NL Silva). 

Com base em um time de especialistas, formado por professores universitários, críticos literários e escritores premiados ao longo do último ano, foram escolhidos livros de qualquer país ou gênero literário, publicado no Brasil em 2025, e que foi um destaque na literatura neste ano. O resultado...

1.     “A Insubmissa”, de Cristina Peri Rossi (Editora Bazar do Tempo);

Romance de formação da infância e amadurecimento, com foco na rebeldia e no aspecto subversivo da autora pela luta de resistir às tentativas do mundo de aniquilar sua insubmissão. 

2.     “O Discurso Vazio”, de Mario Levrero (Editora Companhia das Letras);

Romance comprometido com o vazio, visando combater a paralisia sem livrar-se dela – uma literatura que subjaz ao tédio e à depressão. Feito por duas ideias principais, uma é atrevida e irônica, mostrando que uma mudança na letra serviria para alterar o comportamento de quem escreve, e assim ordenar a mente tomada pelo caos; a outra, o discurso vazio, é o registro discreto, deliberadamente monótono, capaz de capturar, nos incidentes cotidianos, a radiação de formas literárias ocultas. A narrativa se contorce numa espécie de sala de espera – onde nada acontece. Toda promessa de duração é sistematicamente interrompida por ruídos e forças externas, criando uma atração cuja chave é a iminência, e expectativa das coisas laterais. Enfim, o livro mira na doença que tomou conta da humanidade nas décadas seguintes: a dispersão, o excesso de estímulos, o cansaço... “Só as coisas inúteis são imprescindíveis para a alma. Contra a maquinaria do consumo, são as paisagens desérticas que fazem o tempo desacelerar”

3.     “Nossa Vingança É o Amor”, de Cristina Peri Rossi (Editora 34).

A história de uma mulher latino-americana que não se submeteu à ditadura, desafiou a moral e os bons costumes e faz um passeio pela história da América Latina, suas mulheres e sua literatura – uma história sobre desejo. 

4.     “Ajeum Bó: Histórias da Culinária Ancestral”, de Vovó Cici de Oxalá e Marlene da Costa (Editora baiana Segundo Selo).

Com abordagem textual sinestésica, multissemiótica e multimodal, centrada na literatura-terreiro: corpo negro, matrizes africanas e gêneros que vêm de tradições ancestrais, combinados em alimentos-palavra. Culinária afro-baiana e tradição africana e negro-brasileira pesam em nosso país. A obra permite o trabalho com as questões negras e africanas, dentro da perspectiva da lei 10.639/03. Seu texto literário se come com as mãos e os pratos deliciosos devem ser lidos diretamente no paladar como textos. 

5.     “Autobiografia do Algodão”, de Cristina Rivera Garza (Autêntica). 

Feito de escrita memorialística e política, ensaística, mas também fabulatória. A autora investiga a trajetória de sua família de agricultores até a chegada de seus pais ao ensino superior, perpassando, em paralelo, com a história contemporânea mexicana, nos lembrando que toda história individual é também coletiva

6.     “Ayaï! O Grito da Literatura”, de Hélène Cixous (Bazar do Tempo). 

Uma chama para ‘re-pensar a literatura’. E a tese da autora a respeito da escrita literária é a seguinte: “Quando o mundo se perde, o Eu se perde e essa perda não deixa de ser a chance de deixar falar os livros da biblioteca, de ouvir as cartas da pré-história, essas cartas que desmantelam o sentido e liberam os sons”. 

7.     “Batida Só”, de Giovana Madalosso (Editora Todavia).

Literatura para seres contemporâneos, o livro dá voz a uma mulher confrontada pela violência urbana e por uma arritmia grave. A narrativa pulsa no ritmo das urgências do corpo: o medo da próxima batida, a sexualidade travada pela química dos medicamentos, o embate entre fé e lógica, a conexão com outra dor além da própria, porque ‘é no flagelo do outro que nos tornamos mais humanos’. 

8.     “Consigo Inventar Tudo”, de Julia Barandier (Barandier).

O romance investiga e recria a figura de um antepassado da autora (o pintor Claude Barandier), com muita obsessão, para revelar uma pesquisadora que preenche as lacunas da documentação e da memória, borrando os limites entre realidade e ficção. 

9.     “Na ponta da Língua”, de Caetano W. Galindo (Companhia Das Letras).

Livro que leva a linguística para os leigos, com o mérito de tratar um tema árido de maneira leve. Ao percorrer a formação das palavras que nomeiam partes do corpo humano, o autor transmite princípios complexos de linguística e ensina os mecanismos de mudança dos idiomas sem deixar de polvilhar curiosidades históricas bem-humoradas. Ele seleciona um conjunto específico de palavras (as partes do corpo) e demonstra a universalidade dos conceitos tratados de modo instigante e intelectualmente honesto. Você descobre o quanto a etimologia pode ser pop se apresentada com o tom e a roupagem adequados. 

10.     “Natação”, de Luis S. Krausz.

Um romance do formação, dividido entre a rotina corporativa e estudos universitários ‘inúteis’, com um protagonista quebra-cabeça ao qual falta uma peça, em que, de forma sutil, um professor de natação procura ajudá-lo nessa procura por si mesmo. Como em uma natação, os fins importam, claro, mas é preciso atentar para o caminho que percorremos. Enfim, o livro prova que qualquer gênero narrativo, por mais explorado que já tenha sido na história da literatura, sempre rende bons frutos quando manuseado por autores talentosos. Ou seja, não existe tema ou modelo gasto, existem bons e maus ficcionistas. Estamos diante de um bom. 

11.     “Oswald de Andrade: Mau Selvagem”, de Lira Neto.

Uma biografia contemporânea de um autor-chave do modernismo brasileiro – genial, complexo e contraditório. A escrita é leve, a pesquisa é consistente e feito de bom humor. Oswald não é colocado nem num trono, nem num patíbulo, mas mostrado em seu lugar central na tradição literária do século 20. 

12.     “Poesia & Agora”, de Edimilson de Almeida Pereira.

Pense em uma escrita política no seu melhor sentido do termo... O autor tensiona a palavra e, a partir de tudo o que ela pode oferecer, indaga o país, a História, a vida ao redor. Com dicção sofisticada e tocante, acompanha nessas últimas décadas o que ocorreu, apontando o que não conseguimos ver, o que não queremos ver – tomando o mundo maior para que possamos, enfim, nos enxergar dentro dele e questionar nossa própria presença. 


Outras 12 sugestões...

1.     “A Árvore Mais Sozinha do Mundo”, de Mariana Salomão Carrara.

2.     “Tantra e Arte de Cortar Cebolas”, de Iara Biderman.

3.     “O Último dos Copistas”, de Marcílio França Castro.

4.     “Modernismo Negro de Jorge Augusto, de Jorge Augusto.

5.     “Gaiolas de Concreto Armado”, de Paula Novais.

6.     “O Invencível Verão de Liliana”, de Cristina Rivera Garza.

7.     “Malhada das Graúnas”, de Márcia Moura.

8.     “Ressuscitar Mamutes”, de Silvana Tavano.

9.     “Diário da Casa Nova”, de Lilian Sais.

10.  “O Bom Mal”, de Samanta Schweblin.

11.  “O Polonês”, de J.M. Coetzee.

12.  “Meu passado Nazista”, de André de Leones.

sábado, 20 de dezembro de 2025

As Gerações em Sequência.


1.     Geração Silenciosa (1928-1945): é marcada por resiliência, disciplina, forte ética de trabalho e conservadorismo.

2.     Baby Boomers (1946-1964): Pós-Segunda Guerra, cresceram com otimismo e foco em carreira e família, valorizando estabilidade.

3.     Geração X (1965-1980): Filhos da Geração Boomer, marcados pela independência, ceticismo e adaptação a tecnologias iniciais, muitos são líderes hoje.

4.     Millennials / Geração Y (1981-1996): Nativos digitais, valorizam propósito, inovação e reconhecimento, sendo a força principal do mercado de trabalho atual.

5.     Geração Z / Centennials (1997-2010/2012): Nativos digitais autênticos, cresceram com a internet, são pragmáticos, focados em diversidade e impacto social.

6.     Geração Alpha (a partir de 2010/2013): A primeira geração totalmente nascida no século XXI, imersa em telas e inteligência artificial, ainda em estudo.

7.     Geração Beta (a partir de 2020/2025): A mais nova, ainda sem definições claras, sucede a Alpha e tende a ser ainda mais conectada e moldada pela tecnologia.

 

Geração Silenciosa:

·       A Geração Silenciosa (nascidos entre 1928-1945) é marcada por resiliência, disciplina, forte ética de trabalho e conservadorismo, moldados pela Grande Depressão e Segunda Guerra Mundial; valorizam família, comunidade e respeito à autoridade, sendo mais cautelosos, tradicionais e pragmáticos, com uma preferência por métodos analógicos e menor expressão pública de opiniões, contrastando com gerações futuras.

·       Resiliência e Pragmatismo: Cresceram em tempos de escassez, aprendendo a ser "casca grossa", focados na sobrevivência e na luta, adiando a gratificação.

·       Forte Ética de Trabalho: Valorizam o esforço, a integridade e a dedicação para construir uma carreira e garantir estabilidade financeira.

·       Valores Tradicionais: Apego à família, comunidade, igreja e conformidade com normas sociais e hierarquias.

·       Respeito pela Autoridade: Educação rígida, onde obedecer sem questionar era ensinado, resultando em um "silêncio" em relação a figuras de poder.

·       Conservadorismo: Tendência a opiniões mais conservadoras em política e sociedade.

·       Senso de Dever e Patriotismo: Influenciados por conflitos globais, tinham um forte senso de dever cívico.

·       Sensibilidade Analógica: Preferência por comunicação presencial e métodos tradicionais, antes da era digital.

·       Foco na Segurança: A prioridade era segurança e conforto financeiro, não grandes prazeres.

·       Infância e Formação: Grande Depressão (anos 30) e Segunda Guerra Mundial (anos 40) moldaram sua visão de mundo e valores.

·       Idade Adulta: Presenciaram a Guerra Fria, a Guerra da Coreia, o nascimento do Rock e os primeiros movimentos por direitos civis.

 

Baby Boomers: 1946-1964 (pós-guerra).

·       Período: Nascidos entre 1946 e 1964, sucedendo a Geração Silenciosa e precedendo a Geração X.

·       Contexto Pós-Guerra: Cresceram em um ambiente de recuperação econômica, otimismo e construção, valorizando a segurança financeira e a estabilidade.

·       Valores: Fortemente associados a trabalho árduo, carreira estável, individualismo, ambição, e um forte senso de dever familiar, com foco em estabilidade financeira e profissional.

·       Eventos Marcantes: Presenciaram a Guerra Fria, a Guerra do Vietnã, a chegada do homem à Lua, o surgimento do movimento hippie e a consolidação da TV como meio de massa.

·       Tecnologia: Adaptados à tecnologia, mas não tão dependentes do smartphone como gerações mais novas, preferindo, por vezes, meios tradicionais de informação (como a TV) e comunicação (como o Facebook).

·       Impacto Econômico: Têm grande poder de compra e continuam a impulsionar a economia, seja em áreas de saúde, lazer ou finanças, influenciando setores inteiros.

·       No Mercado de Trabalho:

·       Valorizam a experiência e a dedicação, podendo ser vistos como chefes rígidos ou colegas leais e amigáveis.

·       Focados na construção de patrimônio e carreira, permanecendo em empregos por longos períodos.

 

Geração X: 1965-1980 (transição tecnológica).

·       A Geração X (nascidos entre meados dos anos 60 e início dos 80) é marcada pela independência, pragmatismo e adaptabilidade, sendo a ponte entre o analógico e o digital, valorizando o equilíbrio vida-trabalho, sendo pioneira na tecnologia (computadores, internet) e mostrando cinismo institucional, mas lealdade no trabalho. Cresceram com mudanças familiares, crises econômicas, o surgimento da MTV e a liberdade de brincar na rua, desenvolvendo resiliência e uma visão mais cética, mas também criativa e focada em experiências.

·       Independência e Autossuficiência: Aprendem a se virar e não gostam de microgerenciamento no trabalho.

·       Adaptabilidade Tecnológica: Pioneiros com computadores pessoais, e-mail e internet, misturando o offline com o digital.

·       Equilíbrio Trabalho-Vida Pessoal: Buscam flexibilidade e um bom balanço para a vida familiar.

·       Pragmatismo e Ceticismo: Moldados por crises, são realistas e desiludidos com instituições, mas focados em resultados.

·       Lealdade e Experiência: Valorizam a experiência e a estabilidade, tendendo a ser leais a objetivos e empresas.

·       Valorização da Experiência: Gostam de liberdade, viagens, música (anos 80/90) e o "tédio criativo" da infância.

·       Consumo Consciente: Bem informados, pesquisam antes de comprar e buscam benefícios claros nos produtos.

·       Valorizam autonomia, mas são dedicados e focados em metas.

·       Apreciam a aprendizagem colaborativa e a partilha de conhecimento.

·       Usam e-mail e mensagens de texto, mas também prezam a comunicação face a face.

·       Gostam de informações visuais e bullet points em apresentações.

 

Geração Y (Millennials): 1981-1996 (cresceram com a transformação digital).

·       A Geração Y (Millennials), nascidos entre o início dos anos 80 e meados dos 90, são nativos digitais, valorizam o propósito e o bem-estar, buscam flexibilidade, autonomia, feedback e crescimento rápido, sendo multitarefas, conectados, inovadores, e com forte senso de diversidade e impacto social. Eles integram o mundo online e offline, exigem ambientes de trabalho leves e divertidos, e são motivados por desafios e ideais, não só por dinheiro.

·       Tecnologia: Nativos digitais, cresceram com internet e computadores, sempre conectados.

·       Propósito e Valores: Buscam significado no trabalho, valorizam propósito, diversidade e causas sociais.

·       Bem-estar: Priorizam saúde física e mental, buscando equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

·       Imediatismo e Inovação: Rápidos para absorver ideias, buscam resultados e crescimento imediatos, e são avessos à monotonia.

·       Flexibilidade e Autonomia: Preferem ambientes sem rigidez hierárquica, com liberdade para trabalhar de onde e quando quiserem.

·       Multitarefas: Habilidade para lidar com diversas atividades simultaneamente.

·       Feedback: Necessitam de retorno constante para se sentirem motivados e no caminho certo.

·       Otimismo e Criatividade: Confiam no potencial de mudar o mundo e são criativos em suas abordagens.

·       Conectividade: Compartilham experiências e informações nas redes sociais.

·       Buscam propósito: Preferem empresas com missão clara e que gerem impacto positivo.

·       Valorizam o ambiente: Querem um local de trabalho divertido, leve e colaborativo.

·       Exigem desenvolvimento: Buscam constante aprendizado e desafios para expandir conhecimentos.

·       Mundo Híbrido: Adaptam-se facilmente ao trabalho remoto e híbrido.

·       Essas características os tornam profissionais adaptáveis, questionadores e com grande potencial para inovação, mas também podem gerar ansiedade e frustração com estruturas tradicionais.

 

Geração Z (Centennials/Zoomers): 1997-2010 (nativos digitais).

·       São os nascidos aproximadamente entre 1997 e 2010;

·       Nativos Digitais: Nunca conheceram um mundo sem internet e redes sociais; a tecnologia é parte de seu DNA.

·       Fluência Tecnológica: Dominam ferramentas digitais e aprendem de forma independente online.

·       Diversidade e Inclusão: Defendem ativamente a igualdade de gênero, raça e orientação sexual, rejeitando rótulos.

·       Ativismo Social e Ambiental: Mobilizam-se por causas sociais e climáticas, exigindo responsabilidade de empresas e governos.

·       Autenticidade: Valorizam a individualidade e a transparência, tanto em si mesmos quanto nas marcas que consomem.

·       Imediatismo e Multitarefa: Acostumados com informação instantânea, são multitarefas, mas com períodos de atenção mais curtos.

·       Bem-estar Mental: Preocupam-se com a saúde mental e questionam o status quo.

·       Empreendedorismo: Tendem a criar suas próprias oportunidades e valorizam o propósito no trabalho.

 

Geração Alpha: A partir de 2010 (primeira geração totalmente nascida no século XXI, digitalmente imersa).

·       A Geração Alpha (nascidos a partir de 2010) é caracterizada pela hiperconectividade, sendo nativos digitais que interagem com tecnologia desde o berço, o que lhes confere grande curiosidade, agilidade e independência para aprender e usar dispositivos, mas também desafios como dificuldade de concentração devido ao excesso de estímulos e maior empatia devido ao acesso à informação, crescendo em famílias menores, com pais Millenials, e sendo influenciados pela pandemia de COVID-19, exigindo novas abordagens educacionais e de marketing focadas em experiências interativas e valor agregado.

·       Nativos Digitais: Cresceram imersos em smartphones, IA e redes sociais, manipulando tecnologia com facilidade.

·       Curiosos e Independentes: Usam a tecnologia para explorar o mundo e resolver problemas sozinhos.

·       Agilidade Tecnológica: Encontram informações rapidamente e ensinam tecnologia aos mais velhos.

·       Foco na Experiência: Priorizam vivências e conteúdos interativos, mais do que gerações anteriores.

·       Empatia e Consciência Global: Acesso à informação promove maior inclusão e visão de mundo.

·       Desafios de Concentração: Excesso de estímulos pode levar a dificuldades de foco e paciência.

·       Famílias Menores e Pais Millenials: Influenciados pela criação de pais mais jovens (Geração Y).

·       Impacto da Pandemia: Experiências formativas durante a COVID-19 (isolamento, ensino remoto).

·       Consumidores Influentes: Já impactam decisões de compra familiares, buscando valor e autenticidade.

·       Educação: Requer metodologias ativas, ensino híbrido e gamificação para manter o engajamento.

·       Marketing: Marcas precisam focar em conteúdo visual, experiências interativas e propostas de valor claras para capturar sua atenção.

·       A Geração Alpha é uma força emergente, moldada pela tecnologia e desafios globais, sendo adaptável, questionadora e com um potencial significativo para moldar o futuro.

 

Geração Beta (a partir de 2020/2025): A mais nova, ainda sem definições claras, sucede a Alpha e tende a ser ainda mais conectada e moldada pela tecnologia.

·       A Geração Beta é caracterizada por ser a primeira totalmente imersa na Inteligência Artificial (IA), crescendo com tecnologia onipresente, resultando em hiperconectividade, fluência tecnológica (IA, VR, IoT), aprendizado personalizado e uma visão de mundo moldada por questões de sustentabilidade, diversidade e ética digital, buscando equilíbrio entre o virtual e o real e valorizando experiências e propósito no trabalho.

·       Imersão Digital Total: Crescem com dispositivos inteligentes e IA como parte natural do dia a dia, borrando as linhas entre o físico e o digital.

·       Fluência Tecnológica Avançada: Habilidade natural com IA, automação, realidade virtual e outras tecnologias, usando-as para criar e aprender.

·       Educação e Aprendizado Personalizados: A IA facilita o acesso ao conhecimento, mas também desafia o raciocínio, exigindo abordagens educacionais adaptativas.

·       Consciência Social e Ambiental: Fortemente engajados com sustentabilidade, diversidade e debates éticos, valorizando o consumo consciente.

·       Novas Expectativas no Trabalho: Buscam equilíbrio entre vida pessoal e profissional, valorizam o propósito e a colaboração, e esperam ambientes de trabalho diversos e inclusivos.

·       Desafios da Hiperconectividade: Enfrentam riscos de dependência tecnológica, sedentarismo e a necessidade de filtrar informações (fake news/deepfakes).

·       Nascem após a pandemia, em um mundo de avanços tecnológicos exponenciais e crises climáticas.

·       A IA será uma ferramenta onipresente, desde a educação até o entretenimento e a criação de conteúdo.

·       A ética no uso da tecnologia, privacidade e a construção de relacionamentos (inclusive virtuais com IA) são temas centrais.

·       A Geração Beta será uma força transformadora, moldada por um futuro digital avançado e consciente de seu papel na construção de um mundo mais sustentável e ético.