Minha vida e minhas ideias sobre educação radical e meus experimentos nas escolas estão entrelaçados. Dois aprendizados fundantes me norteiam:
1. A crença essencial na
importância da liberdade das pessoas em qualquer parte do mundo, e a luta por
esta liberdade começa a manifestar-se em toda parte;
2. A crença radical e democrática na capacidade e no direito de todas as pessoas conseguirem esta liberdade através da emancipação.
Acredito que a verdadeira libertação se realiza pela participação popular. Por sua vez, esta participação se realiza através de uma prática educacional que é, por si mesma, tanto libertadora quanto participativa, que cria simultaneamente uma nova sociedade e envolve as próprias pessoas na criação de seu próprio conhecimento.
De maior importância, essas ideias não são abstrações; elas crescem de lutas diárias para unir a teoria e a prática em nossas vidas. Persiste o desejo de relacionar educação participativa com libertação e mudanças sociais.
Enfim...
Qual é o papel do professor? Do organizador? Do educador? Como é que a educação se relaciona com a mobilização e a cultura para criar uma nova sociedade? A sociedade pode ser transformada por meio da educação ou é preciso que a própria educação seja transformada primeiro? Existe espaço para uma educação liberadora no sistema educacional patrocinado pelo Estado ou a mudança deverá vir de alguma outra iniciativa?
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