Às vezes, a pessoa que impõe pode ter uma espécie de comportamento ou atitude irresponsável, e para mim isso é péssimo. Em alguns casos, talvez não impor é pior que impor, porque se você impõe pode criar uma reação, mas se você não impõe, mas não faz nada, talvez não crie nenhum tipo de reação. É muito ruim do ponto de vista de formação.
A questão para aqueles que se amam não é aniquilar um ao outro. Não
é essa a questão. A questão é como continuar eu sendo eu mesmo e a outra pessoa
sendo ela mesma, um diferente do outro, mas, ainda assim sendo algo que
pertence aos dois. Para isso é preciso passar tempo aprendendo como ultrapassar
os conflitos sem negá-los. Isso é, como aprender com os conflitos, como
aprender a sermos nós mesmos, mas de maneiras diferentes. Em outras palavras, é
possível sermos os artistas e criadores de uma existência comum, mas com
respeito pela individualidade e preferências de cada pessoa. Eu não posso impor
ao outro minha preferência, meu estilo, minha maneira de expressar meus
sentimentos. E vice-versa. Que tenho que respeitar e ser respeitado. Temos que
aprender juntos, com paciência, com humildade, como construir uma vida em
comum, porque quando nos casamos temos de criar um novo mundo. Não é mais o meu
mundo. Não é mais o mundo da outra pessoa. É o nosso mundo agora que precisa
ser criado, e nosso mundo se transforma em partilhas devido a nossa
responsabilidade. Quando se briga, que não seja um contra o outro, mas um com o
outro para criar esse tipo de compreensão. Enfim, um espaço de amor é
indispensável para o desenvolvimento de pessoas.
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