Até agora, nos 04 meses do seu terceiro mandato, Lula priorizou a agenda internacional com viagens ao exterior para tentar reconstruir a imagem do país. Mas, após ser derrotado na Câmara em pontos importantes nos decretos do saneamento, o presidente traça novas estratégias políticas por meio do diálogo e articulações.
Até então, as conversas vinham se limitando aos presidentes da Câmara (Arthur Lira, PP-AL e do vice da Casa, Marcos Pereira, Republicanos-SP) e do Senado (Rodrigo Pacheco, PSD-MG), com uma dedicação grande do presidente à reorganização de governo por causa da situação deixada pelo verme!
Algumas análises importantes:
·
Lula
está mais distante da política local, pois nos seus outros dois mandatos tinha
o hábito de manter contatos permanentes com presidentes e lideranças partidárias
da base aliada, bem como personagens do mundo
empresarial usando uma rotina de almoços e jantares que avançavam na madrugada para
estabelecer conversas informais e exercer o seu poder de persuasão;
·
O
Governo está encontrando sérias dificuldades para arregimentar uma base sólida
no Congresso Nacional. Agora precisa aglutinar e expandir sua base aliada
·
Há
necessidade constante de apaziguar as relações com o Congresso;
·
Lula,
até agora, optou por exercer a Presidência no campo da institucionalidade;
· O mundo empresarial (representantes dos setores financeiros, como presidentes do Bradesco, Santander, indústria e varejo, executivos e empresários da construção civil) tem ficado distante do Planalto;
·
A
grande influência sobre o presidente é exercida por Janja. Há ausência de
ministros com liberdade para contestar as suas decisões, o que não acontece com
a primeira-dama (ainda sem uma estrutura formal montada para a sua atuação no governo).
Ela gostaria de comandar o Gabinete de Ações Estratégicas em Políticas
Públicas, vinculado à Presidência;
·
A
interação com o mundo político vem se dando através de convites, para que deputados
e senadores o acompanhem em viagens, por exemplo;
·
Dizem
que as poucas reuniões com parlamentares é decorrente dos 77 anos de Lula, que
não pode seguir uma rotina de trabalho tão intensa como a de 20 anos atrás. Procede?
· Lula tem escutado menos e adotado mais uma postura de maior isolamento. No núcleo duro do governo, não há ministros ou auxiliares com liberdade para criticar o presidente, como ocorreu em mandatos anteriores. “O Lula 1 e 2, da conversa, simpático, que abraçava, desapareceu?”;
·
É preciso botar
o novo Arcabouço Fiscal para andar e a Reforma Tributária;
·
E a correção da tabela do I.R. e o “pôr os ricos no imposto”?
·
É
preciso incentivar com força a candidatura de minorias, afinal, vêm aí as Eleições Municipais 2024.
Enfim, não se pode comparar a rotina do
Lula de 8 anos com a verificada agora em apenas 4 meses. O importante é que
Lula sempre passa deixando a melhor impressão, sempre muito bem energizado. O certo é que, a diferença boa de Governo, essa sim, já estamos sentindo!
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