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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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segunda-feira, 11 de março de 2024

Menos guerra e calor, mais comida.

 “Estamos sendo sufocados por más notícias: guerras, devastação ambiental, miséria e fome. As boas é que sabemos quais são os problemas, sabemos como resolvê-los e temos recursos para isso. Depende da vontade da elite global, dos ricos, das grandes empresas e também da política dos governos, na qual todos interferem. A sociedade civil precisa ter e exigir essa vontade política!”. 

É preciso enfrentar as grandes questões da humanidade, problemas enormes, crescentes e ameaçadores: a mudança climática, a governança global, a pobreza e as desigualdades. 18% da população mundial vive na pobreza, as desigualdades são abissais e seguem avançando, o planeta continua se aquecendo, e a governança global atual não está conseguindo evitar as guerras, as questões sociais e a degradação ambiental.

Propostas:

·       Taxar despesas militares poderia viabilizar fundo de combate a pobreza e as desigualdades. Poderia se criar um fundo administrativo por governos e organizações da sociedade civil, e operacionalizado pela ONU, com recursos provenientes de uma taxação anual sobre as despesas militares de cada país. Aliás, essas despesas chegaram a US$ 2,2 trilhões em 2023! Uma taxação de 20% renderia o considerável valor de US$ 440 bilhões anuais. Se há recursos para gastos militares, certamente deveria haver para diminuir a pobreza e as desigualdades. Isso explica porque EUA e Europa assistem calados à tragédia evitável na Palestina, que está sendo produzida com suas armas, seu dinheiro e seu apoio incondicional;

·        Reformar a governança global deveria ser reformar a ONU. O passo é a reforma da sua atual Carta, visando assegurar seus objetivos originais. Afinal, a atual Carta da ONU inviabiliza a organização de cumprir seu papel. Pela Carta, qualquer decisão importante tem que passar pelo Conselho de Segurança, onde apenas 5 países (EUA, Inglaterra, Rússia, China e França) têm assento permanente, e cada um deles pode vetar qualquer decisão que não lhe agrade. Afinal, nenhum deles quer perder poder. Assim, reformar a governança global deveria ser reformar a ONU. Como fazer isso? Convocando uma “Conferência Geral dos Membros das Nações Unidas” destinada a rever a presente Carta pela maioria dos membros da Assembleia Geral e por 7 membros quaisquer do Conselho de Segurança. Como o Conselho de Segurança tem 15 membros, não seria necessário o voto de nenhum integrante permanente. O objetivo da reforma é focar na meta original da ONU, criada em 1945, que foi se desvirtuando no caminho: “manter a paz e a segurança internacional, desenvolver relações amistosas entre as nações, conseguir uma cooperação internacional para resolver os problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural e humanitário”.

·       Uma agenda para o G20. O Grupo dos Vinte (G20), principal fórum de cooperação econômica internacional, é composto por 19 países e 2 órgãos regionais: a União Africana e a União Europeia. O Brasil sediará as discussões ao longo deste ano. Os membros do G20 representam cerca de 85% do PIB mundial, mais de 75% do comércio e cerca de 2/3 da população do planeta. Trata-se de um grupo muito poderoso – que deveria ter uma responsabilidade correspondente ao seu poder, como fazer o que é proposto acima – taxar despesas militares e reformar o Conselho de Segurança da ONU. 

O problema não é com quantos anos temos, mas quantos anos têm as nossas ideias. Ódio e vingança estão entre as ideias mais antigas. Não podemos liderar com ideias que nos levam para trás. Enfim, a Liberdade e a Democracia estão sob ataques nos EUA e no Mundo, dentro e fora de casa. 

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