Erros, dificuldades, apostas...
Em seu primeiro semestre de governo, o presidente Lula tem...
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Dificuldades
para furar bolha, de arrefecer resistência de quem não votou nele, como os
segmentos evangélico (só 29% avalia ótima ou boa a gestão Lula, contra 37% do
total da população) e do agro.
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Lula
está focado na produção de alimentos e no combate à fome. Aliás, lançou o Plano
Safra orçado em R$ 364,2 bilhões;
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Lula
vê com urgência a construção de uma pauta social consistente direcionada aos
evangélicos de direita da classe baixa. Até o momento, o gesto do governo foi
se afastar de pautas identitárias e, ainda que haja a avaliação de que as
fricções hoje são menos do que durante a disputa contra Bolsonaro, ainda existem
fortemente;
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Aposta
na boa expectativa da economia, calcada na aprovação do arcabouço, no avanço da
reforma tributária e em retomar investimentos;
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Implementar
programas novos e de abrir diálogo.
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Programa
Minha Casa, Minha Vida, “reciclado” de gestões petistas anteriores foi uma das
apostas do primeiro semestre.
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As
principais metas são aprovar a reforma tributária no Congresso e usar obras de
infraestrutura, como as previstas no novo PAC, para gerar empregos;
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O
Planalto quer mirar eleitores que consideram a gestão regular – jovens, negros,
mulheres, trabalhadores informais, adultos sem filhos e desempregos;
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Lula
tem cobrado novos projetos insistentemente dos ministros, com quatro
prioridades listadas: saúde pública, emprego, educação e segurança;
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O
presidente deve manter no 2º semestre a rotina de viagens ao exterior, mas há a
expectativa de que o ritmo seja menos intenso do que o verificado até agora;
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Lula
passa a se dedicar mais às articulações políticas internas para mergulhar,
enfim, no contato direto com os parlamentares. A ideia é investir em encontros
informais visando aproximar deputados e senadores;
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Diante
do perfil dos congressistas eleitos no ano passado e do fim do orçamento
secreto, auxiliares de Lula reconhecem que só uma elevação da popularidade do
presidente, puxada por melhora nos números da economia, pode dar ao petista
mais capital político para negociar com os parlamentares;
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Melhorar
na comunicação, com mais “profissionalismo” dos auxiliares ao divulgar o que o
governo vem fazendo;
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O
presidente Lula trouxe de volta programas imprescindíveis para a população,
resgatou o prestígio internacional e está fazendo o Brasil voltar a crescer.
Daqui para a frente, vamos ter mais entrega na ponta;
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Auxiliares
entendem que as notícias negativas são hoje mais produzidas por integrantes do
próprio governo do que pela oposição. Assim, há uma preocupação dentro do Planalto
de maneirar as falas do presidente;
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Para
o 2º semestre, além da expectativa de que reforma tributária e o novo PAC
possam alavancar os indicadores econômicos, o governo quer levar adiante um
texto que altere a cobrança sobre a renda. Vem aí a implementação do Plano de
Transição Ecológica, o “pacote verde”;
· Enquanto tenta avançar com pautas econômicas, o governo deixou de lado promessas de campanha e bandeiras mais ligadas à esquerda. Uma delas foi a criação de um ministério específico para a Segurança Pública, para se aproximar de policiais, pauta da qual o PT se afastou nos últimos anos.
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