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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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segunda-feira, 5 de junho de 2023

Vô Lula controla a mordida do Leão no Petróleo.

Vô Lula achou um jeito de gerar uma arrecadação maior com o petróleo. A estratégia veio na forma de calcular o imposto sobre a exportação (R$ 25 bilhões) e uma alteração nos royalties pagos pelo setor (R$ 6,4 bilhões).

Bolsonaro usava apenas um preço de referência como parâmetro para cobrar os impostos. Assim, o petróleo nacional era tributado considerando essa referência, mas costumeiramente vendido a valores maiores no mercado internacional. Comprava mais barato aqui e revendia mais caro lá fora para subsidiárias. Isto é, essas empresas chacais acabavam tendo um lucro maior, não tributado pela Receita (evasão fiscal e paraísos fiscais). Ou seja, Lula quer capturar a diferença entre o preço do petróleo que sai do Brasil e aquele que é efetivamente vendido para o comprador final, deixando a tributação mais próxima do valor que é efetivamente arrecadado pelas petroleiras.  

“Para fazer o negócio no Brasil elas (as petroleiras) devem incluir ou considerar essa margem de trading. Vai ter uma redução da rentabilidade do negócio no Brasil, o preço mínimo (de referência) não vai ser tão alto”.

Foi simples: com uma nova regra no fisco a Receita Federal corrigirá as distorções com cobrança de tributos (IRPJ e CSLL) sobre exportadores ao padrão usado pelos países da OCDE (gerando receita de R$ 25 bilhões) ao passo que botou a ANP para atualizar os parâmetros para os royalties, o que deve elevar em + 6% nas receitas da União, estados e municípios produtores com royalties e participações especiais (mais R$ 6,4 bilhões). E isso não deve impactar sobre os combustíveis – pukê se trata de uma discussão sobre o óleo cru.

“São públicos e notórios os esforços que têm sido enviados pelo governo federal no sentido de dar a devida sustentabilidade fiscal ao Estado brasileiro, tanto por meio do controle das despesas, quanto pelo lado das receitas, por meio da revisão de desonerações fiscais e promoção de outras iniciativas com vistas ao recolhimento na proporção justa dos tributos e demais encargos devidos à sociedade brasileira”.

Enfim, ao todo são mais de R$ 30 bilhões por ano no cofrinho para comprar doces.

 

NOTA*

MATARIPE – a questão do mercado de refino privado no Brasil.

Como é o processo de compra do petróleo pelas 6 refinarias privatizadas?

Visto que há uma questão tributária que faz o preço de exportação ser mais baixo, a atual gestão da Petrobras no novo governo Lula deseja rever o processo de venda das unidades de refino da Petrobras. Afinal, cerca de 20% do mercado de refino do país estão fora da Petrobras. Logo, essas empresas com gestões intrusas e gananciosas reclamam que não conseguem ter acesso ao petróleo a preço competitivo para refinar o óleo no Brasil, o que não é toda a verdade.

Mataripe é uma dessas refinairas, depois que foi vendida pelo governo Bolsonaro para o controle do fundo árabe Mubadala Capital, recorreu recentemente ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica, órgão que regula a concorrência) contra a Petrobras para que a estatal ofereça petróleo a um preço mais baixo. A empresa alega que a estatal beneficia suas próprias refinarias ao vender petróleo 10% mais caro ao setor privado.

Enfim, “o que Mataripe quer, de fato, é evitar ter que fazer investimentos necessários em sua refinaria e transferir o ônus de sua ineficiência à petrobras”. As petroleiras que atuam no Brasil preferem exportar petróleo do que vender o produto no mercado interno, porque o refino é muito lucrativo para ser feito aqui (ele gera muita tecnologia, empregos e bons negócios). Percebe? O problema de colocar setores estratégicos da nossa empresa nas mãos de uma gestão privada é que ela vai exportar o nosso produto bruto (óleo cru) para a gente comprar de volta a preço mais alto (refinado) – gerando riquezas reais em seu país de origem. Por que o próprio Estado não extrai e refina o nosso petróleo para abastecer o mercado interno com preços baixos? Porque o setor privado quer meter a mão aí para controlar o processo e seus lucros.

CONCLUSÃO: é por isso que a única coisa que o Estado distraído atrelado ao Capital privado participativo gerou na economia Social foi corrupção, pobreza e enriquecimento ilícito – ganância cega.

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