Um momento simbólico e educativo...
Três Lições da Pandemia:
1ª: Precisamos melhorar urgentemente a estrutura das escolas e do
transporte público (precisamos
incorporar comunicação de risco e saúde, vigilância genômica, estratégias reais
para incubar uma iniciativa de fabricação autônoma e autossustentável de
vacinas para a América do Sul);
2ª: Com a volta à normalidade, esquecemos rapidamente o descalabro que
foi a condução da pandemia no Brasil (das 6,5 milhões de mortes oficialmente
atribuídas à Covid-19, 700 mil são nossas, isso num cenário de subestimação dos
números, pois há outra estimativa de vítimas da Covid no mundo de 15 milhões
que colocaria o total brasileiro numa escala de 1,7 milhão de vidas perdidas
para o vírus);
3ª: Como é fácil desviar a atenção do público do que realmente importa, usando polarização política, teorias da conspiração e ataques à reputação de especialistas (não devemos perdoar a conduta anticientífica do governo Bolsonaro, de ministros da Saúde, do Conselho Federal de Medicina e de diversos médicos, cientistas, comunicadores, associações e até hospitais privados que promoveram curas milagrosas, atacaram a eficácia e segurança das vacinas e polarizaram o país com discurso negacionista).
Enfim, e sobre a origem do
coronavírus? As
duas hipóteses abraçadas – “escape” de laboratório de pesquisa ou disseminação
a partir de um mercado ilegal de animais silvestres – têm um ponto em comum que
fica de fora do debate público: qualquer que seja a real origem, a culpa é do
ser humano. Ambas as condições envolvem erros humanos graves, um de
biossegurança, outro de ética e saúde pública. Nenhum é aceitável. Isso descartando outro tipo de origem gestada e adotada pela extrema direita que sempre deseja aprofundar o fosso os mais ricos e pobres.
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