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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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quinta-feira, 11 de maio de 2023

Derrame na Base.

Governo sente dificuldades de formar uma base:

Governo libera em um só dia R$ 700 milhões (58% de tudo o que distribuiu até hoje) em emendas individuais de senadores e deputados (nesta leva, o Governo Federal empenhou R$ 467 milhões para deputados e R$ 232 milhões para senadores). Ao todo, o Governo já empenhou R$ 1,1 bilhão em emendas, mas o valor deve aumentar já nos próximos dias.


Análise dos bastidores: 

·       Construir um cenário de estabilidade no Legislativo;

·       Tentativa de acalmar a base;

·       O derrame de recursos beneficiou os principais partidos aliados;

·       O líder do ranking (PSD com R$ 143 milhões), depois o PT (com R$ 136 milhões), o MDB (com R$ 91,3 milhões) e o União Brasil (com R$ 75 milhões), seguido do Republicanos e Progressistas. Boa parte dos valores liberados são de emendas ligadas ao Ministério da Saúde, também da Codevasf e do FNDE;

·       Apesar de somarem 142 deputados, PSD, MDB e União Brasil contribuíram com somente 08 votos favoráveis ao Planalto. Até agora, somente o PT foi fiel ao PT;

·       É uma reação ao revés na Câmara, mas também uma preparação para votações importantes que virão pela frente no Congresso, como a do Novo Arcabouço Fiscal; também se dá num momento em que estão sendo gestadas Comissões Parlamentares de Inquérito para apurar responsabilidades das autoridades durante os atos de 8 de janeiro e MST (às reversas da oposição);

Velocidade e preferência. A execução das verbas é obrigatória, mas é o governo quem controla o ritmo da liberação dos recursos e para quem elas são liberadas primeiro, a fim de serem alocados no destino indicado pelos parlamentares (apesar de ter a maior bancada atual na Câmara, o PL foi o 8º partido que mais recebeu, atrás até do PDT, merecidamente).  

O PSB de Geraldo Alckmin também foi constrangedor, pois também teve um posicionamento majoritariamente contrário ao decreto proposto pelo governo para alterar o marco de saneamento – situação semelhante à de outras siglas aliadas. A justificativa apresentada pelo líder do partido, Felipe Carreras (PE), se baseou no fato de a legenda compor um bloco com outros 8 partidos, nem todos afinados ao Planalto. Argumento rebatido pela presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann, que lembrou não haver opção entre governo e bloco – “Quem está no governo tem que estar com o governo”.

Quais são as fases de transferência de recursos públicos?

1.     A primeira é o empenho. Ao empenhar um valor, o Executivo se compromete a pagar aquela despesa (no caso de uma obra, por exemplo, o empenho é o que garante o início dos serviços);

2.     Apenas após a entrega da melhoria é que o Governo realiza a liquidação e o pagamento;

3.     Depois vem uma agenda de reuniões, nas quais emissários de Lula vão cobrar fidelidade aos partidos da base.

Enfim, há reclamações dos deputados sobre a demora na nomeação de cargos regionais – “uma cobrança geral”. É preciso “organizar a base”, mas Lula não pode tomar para si essa articulação, pois não pode passar a imagem de esvaziamento do responsável pelas negociações com o Parlamento. Afinal, nunca foi tarefa do presidente da República fazer articulação política. Ele tem quem faça, que é o Alexandre Padilha (ministro das Relações Institucionais). 

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