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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

A escola tem futuro?

Os professores e os alunos são, em conjunto, prisioneiros dos problemas e constrangimentos que decorrem do défice de sentido das situações escolares. A construção de uma outra relação com o saber, por parte dos alunos, e de uma outra forma de viver a profissão, por parte dos professores, têm de ser feitas a par. A escola erigiu historicamente, como requisito prévio da aprendizagem, a transformação das crianças e dos jovens em alunos. Construir a escola do futuro supõe, pois, a adoção do procedimento inverso: transformar os alunos em pessoas. Só nestas condições a escola poderá assumir-se, para todos, como um lugar de hospitalidade.

01.  Segundo Rui Canário, o problema da escola pode ser sintetizado em três facetas. Quais são elas?
1ª - a escola, na configuração histórica que conhecemos (baseada num saber cumulativo e revelado) é obsoleta, padece de um défice de sentido para os que nela trabalham (professores e alunos);
2ª – a escola é marcada, ainda, por um défice de legitimidade social, na medida em que faz o contrário do que diz (reproduz e acentua desigualdades, fabrica exclusão relativa);
3ª - Não é possível adivinhar nem prever o futuro da escola, mas é possível problematizá-lo. É nesta perspectiva que pode ser fecundo e pertinente imaginar uma “outra” escola, a partir de uma crítica ao que existe.

02.  A construção da escola do futuro poderá ser pensada a partir de três finalidades fundamentais. Quais são elas?
1ª – Aprender pelo trabalho e não para o trabalho: evoluir da repetição de informação para a produção de saber.
2ª – A escola como ambiente que desenvolve e estimula o gosto pelo ato intelectual de aprender: “ler” e intervir no mundo e não dos benefícios materiais ou simbólicos que promete no futuro.
3ª - A escola como um sítio em que se ganha gosto pela política: espaço onde se vive a democracia.

03.  A transformação da escola atual implica agir em três planos distintos. Quais são eles?
1º – Pensar a escola a partir do não escolar: A maior parte das aprendizagens significativas realizam-se fora da escola, de modo informal, e será fecundo que a escola possa ser contaminada por essas práticas educativas.
2º – Desalienar o trabalho escolar: exercer o trabalho escolar como uma “expressão de si”, quer dizer, como uma obra, o que permitirá passar do enfado ao prazer.
3° -Pensar a escola a partir de um projeto de sociedade: queremos que sejam a vida e o devir coletivos. Não será possível uma escola que promova a realização da pessoa humana, livre de tiranias e de exploração, numa sociedade baseada em valores e pressupostos que sejam o seu oposto.


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