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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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segunda-feira, 17 de junho de 2024

Privatização das Escolas ou “escolas charter”.

 

As escolas são o principal alvo da tirania. O que vemos é a tentativa de militarização de um lado e a privatização do outro. Afinal, esse sempre foi o propósito da Ditadura – fortalecer o autoritarismo do Mercado.

Opinião do Globo que flerta com a extrema-direita defende a terceirização dos estabelecimentos de ensino alegando que isso pode melhorar a gestão escolar em SP, que licitou a prestação de serviços para 33 novas escolas de ensino médio e fundamental II (num estado que tem mais de 5 mil) – amostragem que serviria de parâmetro para o governo avaliar a relação de custo e benefício. Eles alegam que isso não significa ‘privatização’ do ensino e aumentaria a eficiência administrativa, sendo mais eficientes os gastos com as escolas.

Também afirmam que as empresas privadas apenas construirão as instalações, cuidarão da manutenção e conservação das escolas, sem nenhum contato com a área pedagógica das novas unidades. Esses prestadores de serviços assinariam contratos de concessão com duração de 25 anos, prometendo custo mais baixo e resultados melhores que nas escolas sob gestão exclusiva da Secretaria de Educação. A concessão passaria para o setor privado tarefas como limpeza, vigilância, portaria, alimentação ou jardinagem.

Nos EUA, esse sistema é chamado de “escolas charter”, isto é, estabelecimentos de gestão privada são sustentados pelo dinheiro público. Apostar num modelo de abertura do ensino básico público para empresas privadas é ambíguo. Apesar de exemplos eventuais de sucesso, elas têm impacto muito baixo sobre o aprendizado. É a iniciativa privada tentando a qualquer custo se apossar do espaço público, sob o pretexto de camaradagem a governos e sociedade civil.

Enfim, uma verdadeira armadilha de mercado. Começa assim, alegando que se limita a uma iniciativa restrita apenas à prestação de serviços e depois termina por levar a área pedagógica, hoje já bem consumida pelo mercado das editoras em confronto com o PNLD. Aliás, tem sido a bandeira da Editora Moderna, que supostamente acredita “na escola pública e na melhoria da qualidade do ensino”, seja lucrando pela transmissão de novas ferramentas pedagógicas, seja pelo treinamento de professores. Depois de adentrar, levarão também os direitos dos professores e a rotina dos estudantes, substituídos pelas tecnologias do Ensino Remoto, como pretendeu na pandemia. Resistir!

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