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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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quinta-feira, 2 de maio de 2024

Nas mãos sem ética.

Elon Musk e Mark Zuckerberg são oportunistas desprovidos de ética. Pior do que um computador ser capaz de aprender por conta própria é estar sob poder de CEOs das big techs atuais que, entre outras tantas coisas, controlam ou decidem sobre esses próprios computadores e nós.

Se pensarmos bem, as redes sociais tal como pretende o Musk seria um novo jogo de videogame personalizado – os participantes poderiam brigar e atacar uns aos outros em contas pessoais verificadas. Tanto ele como o Zuckerberg despencaram para o lado pessimista do sistema ao explorar o valor agregado da futrica e da maledicência em suas redes, que teve origem e ganha fermento no bullying.

Está posta a mesa da ética, servida crua e fria. A IA pode vir a descobrir a cura para o câncer, mas, com esses moços no comando, as chances de acabarmos extintos por um PVP (Player Versus Player) movido a jogadores de carne e osso aumenta de forma considerável.

Ironia ingrata, pois essa gente cresceu, e cresce, fundada em valores democráticos que agora destroem. É como cuspir no prato onde comeu – a igualdade perante a lei, a proteção dos direitos individuais e a participação cívica.  O resultado dessas mãos desprovidas de ética se chama Trump, despontando nas pesquisas de intenção de voto, mesmo estando sentado no banco dos réus. Enquanto isso, outro homem negro é morto por asfixia numa batida policial.

O que está acontecendo com os nossos ideias de igualdade e liberdade? Que poder das redes fake’s é esse de cancelar os intelectuais descolonizadores e abolicionistas? O crime migrou para as redes e alimenta gabinetes de ódio e milícias antidemocráticas. A regulação será capaz de conter essa dolosa instrumentalização criminosa das redes? Ora, tudo isso é muito perigoso no Brasil, essa suposta terra cordial tão afeita a conchavos e a conflitos não declarados.

O controle que as redes sociais têm sobre as pessoas é preocupante. Oportunismo sem escrúpulos e falta de ética estão identificados nos donos de plataformas gigantescas que dominam a comunicação e a inteligência artificial no mundo. Então se faz urgente, antes que seja tarde, que os estados nacionais e as organizações internacionais disciplinem e fiscalizam esse ambiente pré-matrix. 

Enfim, vivemos tempos em que os fins justificam os meios. O coletivo otário cancela a ética através de consensos medíocres. Parece que nada mais importa desde que se esteja ganhando, a nova grande sacada do capitalismo imbecil. Herança nefasta da escravidão? A crítica, as reflexões, a consciência e a memória sobre a história poderão nos livrar deste presente escatológico, incutindo no público alguma semente de sanidade e empatia? 

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