Elon Musk e Mark
Zuckerberg são oportunistas desprovidos de ética. Pior do que um computador ser
capaz de aprender por conta própria é estar sob poder de CEOs das big techs
atuais que, entre outras tantas coisas, controlam ou decidem sobre esses
próprios computadores e nós.
Se pensarmos bem, as
redes sociais tal como pretende o Musk seria um novo jogo de videogame personalizado
– os participantes poderiam brigar e atacar uns aos outros em contas pessoais
verificadas. Tanto ele como o Zuckerberg despencaram para o lado pessimista do
sistema ao explorar o valor agregado da futrica e da maledicência em suas
redes, que teve origem e ganha fermento no bullying.
Está posta a mesa da
ética, servida crua e fria. A IA pode vir a descobrir a cura para o câncer, mas, com
esses moços no comando, as chances de acabarmos extintos por um PVP (Player
Versus Player) movido a jogadores de carne e osso aumenta de forma considerável.
Ironia ingrata, pois
essa gente cresceu, e cresce, fundada em valores democráticos que agora
destroem. É como cuspir no prato onde comeu – a igualdade perante a lei, a
proteção dos direitos individuais e a participação cívica. O resultado dessas mãos desprovidas de ética
se chama Trump, despontando nas pesquisas de intenção de voto, mesmo estando
sentado no banco dos réus. Enquanto isso, outro homem negro é morto por asfixia
numa batida policial.
O que está acontecendo
com os nossos ideias de igualdade e liberdade? Que poder das redes fake’s é
esse de cancelar os intelectuais descolonizadores e abolicionistas? O crime
migrou para as redes e alimenta gabinetes de ódio e milícias antidemocráticas.
A regulação será capaz de conter essa dolosa instrumentalização criminosa das
redes? Ora, tudo isso é muito perigoso no Brasil, essa suposta terra cordial
tão afeita a conchavos e a conflitos não declarados.
O controle que as redes
sociais têm sobre as pessoas é preocupante. Oportunismo sem escrúpulos e falta
de ética estão identificados nos donos de plataformas gigantescas que dominam a
comunicação e a inteligência artificial no mundo. Então se faz urgente, antes
que seja tarde, que os estados nacionais e as organizações internacionais
disciplinem e fiscalizam esse ambiente pré-matrix.
Enfim, vivemos tempos em que os fins justificam os meios. O coletivo otário cancela a ética através de consensos medíocres. Parece que nada mais importa desde que se esteja ganhando, a nova grande sacada do capitalismo imbecil. Herança nefasta da escravidão? A crítica, as reflexões, a consciência e a memória sobre a história poderão nos livrar deste presente escatológico, incutindo no público alguma semente de sanidade e empatia?
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