O Brasil separou Igreja e Estado ao proclamar a República, em 1889. Passados 135 anos, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro lança as bases de uma teocracia tropical. O ex-presidente já havia usado o nome de Deus ao registrar a coligação no TSE. Agora sua mulher investe abertamente contra a laicidade estatal. A cruzada de Michelle tem um propósito claro: aumentar a adesão do eleitorado religioso ao projeto político da família. Com o capitão inelegível, ela também aproveita para se insinuar como opção para 2026.
O inelegível ofereceu um pacote de benesses para fidelizar as grandes denominações. Perdoou dívidas fiscais, renovou concessões de TV e abasteceu emissoras religiosas com verbas de propaganda. Além de empunhar bandeiras ultraconservadoras e de indicar um pastor ao STF.
Bem, se só os evangélicos votassem, Bolsonaro teria sido reeleito com folga em 2022. Bateria Lula por 69% a 31% (Datafolha). Recentemente, a Câmara abriu caminho para ampliar ainda mais a imunidade tributária das igrejas.
Enfim, enquanto Michelle lança as bases de uma República teocrática, Lula precisa se aproximar desses evangélicos.
O blá-blá-blá da Micheque:
· Michelle: a supressão do Estado laico. Citou trechos da Bíblia, distribuiu aleluias e anunciou um projeto de dominação pela fé. Misturar política com religião. “Exército de Deus”. O Reino no Brasil. Povo de bem, defende valores e princípios cristãos. A eleição de Bolsonaro foi uma providência divina para salvar o país.
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