Greve de metrô e trens na maior cidade do Brasil. 4,5 milhões de pessoas atingidas pela interrupção dos serviços, feita por funcionários do metrô, da CPTM e da Sabesp. A paralisação acabou, mas seu plano de fundo continuará a pautar a política em SP, cada vez mais se aproxime a eleição municipal do ano que vem. Enfim, privatização em várias áreas é o pilar do plano do governador.
O programa é: aumentar a participação privada em linhas de metrô e trem e fazer uma pulverização ou diminuir a quantidade de ações ou papeis controlados pelo governo, para a inciativa privada.
Desdobramentos de vários tipos podem resultar dessa greve:
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O
discurso ou narrativa da direita é o de defesa do programa de privatizações e
empurrar para os grevistas a conta dos transtornos da paralisação. “É um tiro
no pé, porque a população ficará contra os grevistas”. Afinal, essa discussão
já foi feita na eleição passada, e a população elegeu o governador com o seu
plano privatista. Logo, aprovou!
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Além
da população, a justiça ficará do lado de quem? No caso da paralisação de SP, a
justiça estabeleceu uma multa de R$ 1,5 milhão para o Sindicato dos
Ferroviários e de R$ 2 milhões para os de metroviários por falta de transporte
nos horários de pico.
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O governo diz: “Isso vai ser bom! As prefeituras terão mais
dinheiro para fazer investimentos. Vamos nos aproximar mais da meta de
universalização do saneamento”. Do outro lado, a oposição
diz: “Ôpa! Vai ficar mais caro, o serviço não será tão bom...”. Ou seja,
polarização já armada.
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Há
pesquisa da direita dizendo que 7 em 10 integrantes do PL são a favor das
privatizações; e 03 em 10 do PT também são. Diminuiu o número de pessoas que é
contra as privatizações, de 66% (2022) para 45% (2023).
Enfim, precisamos resgatar os espaços e o bem público e comum, com muita luta!
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