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Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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domingo, 20 de agosto de 2023

"Verão Verde"!

 Com o avanço das fontes eólica e solar nos últimos anos, o país vai ter o verão mais renovável de todos!

Veja no gráfico que: 


Interpretação básica do gráfico.

·       Hidrelétricas, eólicas e solares responderam por 91%, na média, da energia elétrica distribuída entre janeiro e junho deste ano (e esse patamar será mantido no 2º semestre, mesmo com a perspectiva de consumo maior, porque a previsão é de mais energia a partir do sol e do vento);

·       De janeiro a junho, a energia eólica representou 11,9% do total distribuído. E ela deverá avançar para 18% no segundo semestre;

·       No caso da energia solar, o percentual passaria dos 3,3% registrados no primeiro semestre para 6,5% no segundo semestre;

· O cenário que se desenha adiante é de uma participação ainda maior da energia gerada a partir do vento e do sol. As duas fontes somam 93,5% de todos os projetos que vão entrar em operação até 2029;

· De janeiro a junho deste ano, o consumo já foi maior do que no mesmo período do ano passado.

Interpretação crítica do gráfico.

·       O avanço das energias eólica e solar, chamadas de fontes intermitentes porque podem ter variações a depender do vento e do sol, é positivo por causa da diversificação da matriz energética brasileira, pelo aspecto ambiental, pelo custo menor para o consumidor e pela complementação a uma fonte que depende do regime de chuvas, mas também exigirá mudanças na gestão do setor elétrico (o que é um desafio que exige ter um sistema de back-up mais robusto e isso se dá com investimento em reforço de linhas de transmissão e em softwares, de forma que o tempo de resposta de outras fontes seja mais rápido).

·       O setor elétrico brasileiro precisa receber reforço e modernização. A forma de operar o sistema precisa adaptar à nova realidade, pois as novas fontes renováveis são variáveis (intermitentes ou que dependem da oscilação do vendo e do sol) e exigem flexibilidade, confiabilidade, operação e integração mais eficiente entre as fontes. Ou seja, as outras fontes precisam estar disponíveis instantaneamente e serem capazes de se desligarem de acordo com a demanda. Enfim, é necessário investir para haver um reforço e segurança nas linhas de transmissão para a entrada de mais energia eólica e solar.

·       Por trás dos dados desse gráfico também existe uma notícia boa: nosso próximo verão será verde, ou seja, nós consumidores já deveremos sentir um alívio no bolso com a presença de mais fontes renováveis na geração de energia. As contas de energia ficarão mais baratas porque a previsão é ade que o país tenha bandeira verde até 2025. Assim, não deve haver taxa extra na conta no período de maior consumo;

· A previsão de oferta e consumo ficou mais complexa com o avanço das renováveis em razão de distorções regulatórias e subsídios. O mais importante para aumentar a confiabilidade do sistema é restabelecer a boa governança do setor elétrico. E isso não se consegue jogando o setor nas mãos da iniciativa privada. O Congresso precisa ter responsabilidade em direcionar a questão, colocando o Estado como bom gestor das instituições do setor. Órgãos técnicos, como Aneel e ONS precisam ser regulados e acompanhados para pautar decisões com olhar de longo prazo, visando a confiabilidade do sistema e a acessibilidade das tarifas. Afinal, cabe ao Congresso formular políticas públicas e regular questões que beneficiem a população (e não ficar refém da ambição lucrativa do setor privado). 

Enfim, o país registrou neste ano o maior apagão desde 2009, com impacto em 25 estados e no DF. O problema começou em uma linha de transmissão no Ceará, mas ainda não foi totalmente explicado. O aumento de energia eólica teria reduzido a segurança do sistema? Seja o que for, a fonte não é problema, mas solução. Por isso que é preciso investir mais para se adaptar a essa nova composição da matriz elétrica, não sé em tecnologia, como em transmissão!

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