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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

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domingo, 13 de agosto de 2023

Sobre a representação sindical.

 

É preciso ter formação para ser um\uma líder sindical. Uma formação continuada vinda tanto de centrais sindicais respeitadas, quanto uma formação orgânica vinda de processos e experiências coletivas de vida e de luta. A organização dos trabalhadores e sua representação requerem método e técnicas de mobilização que “prepara” os trabalhadores, e mais que isso, aliados com um espírito coletivo orgânico do\a líder que também “forma” os trabalhadores.

Quem se arrisca a representar o trabalhador primeiro deve exorcizar o patrão que existe dentro de si. Ou vai para a liderança sindical despido do patrão ou então vai gerir uma empresa privada.

Formação acadêmica em uma área específica não prepara ninguém para essa missão. Gente que vai exercer sua área de formação acadêmica na liderança sindical está no lugar errado. É por isso que o Sindicato vira uma celeuma de interesses pessoais, personalismos, amadores, pelegos e corrompidos na primeira tentação. Em vez de conduzir processos históricos de luta de forma independente e autônoma, vira barquinho velejando nos projetos dos patrões. Em vez de organizar a base, a expurga. Em vez da causa coletiva, “meu projeto”.

Diretores visivelmente despreparados. Ou somem na ausência de atitudes ou agem com palavras e ações parciais e descabidas, brigando entre si “pelo meu” em vez “do nosso”, perseguindo e ajudando a atacar o trabalhador em vez de defendê-lo.

O Sindicato deveria ser uma classe em luta, e não uma luta de classes, reproduzindo no seu interior aquilo contra o que deveria lutar. Aquela questão freiriana da introspecção do opressor... Como é que um líder ou diretores sindicais vão lutar contra aquilo que eles são? Opressores!

Enfim, um sindicato assim, mal liderado e ideologizado pelo opressor, é na política que mais causa estragos. Porque em vez de fazer luta, fará campanha. 

2 comentários:

  1. Análise crítica pertinente! Também se faz necessário pensar em novo sindicalismo para os novos tempos do velho capitalismo!

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  2. A era digital e a evolução dos meios de produção pedem isso! Veja a polêmica da pejotização, por exemplo.

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