A melhor análise que pode ser feita de algo ou de alguém é expondo suas fortalezas e fraquezas. Pois bem, vamos analisar os pontos fortes/fracos da humanidade.
O péssimo comportamento da obra mais problemática criada por Deus – a Humanidade (é contraditória)! Pense só: a bomba atômica liquidou o Japão e promoveu uma almejada paz mundial. E esse instrumento formidável e ambíguo evoluiu, graças ao nosso compulsivo “progressismo”, promovendo a bomba de hidrogênio.
Nasceu o drama de uma permanente e reprimida finitude surgindo com muita ênfase. O mundo é feito de nações em conflito, onde as diferenças se resolvem, entre outros talentos, na capacidade de maximizar infernos e diminuir paraísos, e eliminar povos e países no pulsar demoníaco de uma explosão.
A morte promove uma ausência saudosa. Mas, o mundo é eterno, enorme, gigante, um palco. Sim, o mundo é um teatro. Uma peça ou espetáculo que termina porque alguns de seus atores se desentendem e, numa fúria malévola, explodem tudo e se explodem!
Todos os heróis que roubaram alguma coisa dos deuses armaram gatilhos. E todos sabemos bem dos perigos quando a terra se encontra com o céu. Ora, a bomba é filha justamente desse espaço do “nem lá nem cá”; ela é um artefato de vida e morte, de guerra e suposta paz. A bomba não poderia ser contida num só palco, servir a um único senhor ou ter um único propósito. É nesse espaço duvidoso que nasce o estranho amor pela vida e pela morte, fruto da nossa irrevogável liberdade de existir. Esse é o ninho da bomba. O mais espantoso e terrível de toda essa história é saber que ela existe – faz parte de nossa cosmologia que repete nos nossos ouvidos que podemos nos liquidar em nome de nossas mais abomináveis intenções mascaradas de pátria, partido, religião, deuses e, lá no fundo, de nossos demônios.
A nível de escala Brasil, aqui estamos envolvidos na árdua tarefa de transformar uma cultura escravista e aristocrática numa comunidade de cidadãos.
Enfim, nada
inventado na seiva do humano tem somente um uso ou um significado exclusivo.
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