Fato!
A vida brotou do meio de reações
químicas de moléculas.
A Ciência chama esse broto de geração
espontânea e a Religião o chama de Deus!
Uma coisa é certa, atualmente a maioria
dos cientistas concorda que a vida se originou pela
primeira vez por meio de reações químicas ocorridas relativamente cedo
na história do planeta Terra. De forma sequencial, moléculas
orgânicas simples surgiram e deram origem a outras mais complexas,
resultando no desenvolvimento de vias para conversões
entre as moléculas. Essas vias devem ter permitido que a síntese ou a quebra das moléculas ocorressem de forma mais
eficiente. Desses eventos químicos para a vida foi um salto e tanto, e a
maneira como ele se deu ainda é assunto de pesquisas e especulações. Ou seja, no processo de surgimento da vida ocorreu ao menos um evento
de geração espontânea a partir da evolução química de moléculas.
Essa ideia de
origem da vida a partir de uma sequência evolutiva de geração de moléculas cada
vez mais complexas foi proposta no século XX pelo russo Alexander Oparin
(1894-1980) e o inglês John Haldane (1892-1964). Esses cientistas sugeriram que
os gases presentes na atmosfera primitiva eram hidrogênio, amônia, metano e vapor de água e que num dado
momento a Terra passou por longos períodos de tempestades. Com o tempo, o grande aporte de energia da radiação ultravioleta
proveniente do Sol e as descargas elétricas provenientes das tempestades,
em
um ambiente sem gás oxigênio, fizeram que as
moléculas inorgânicas se agrupassem formando moléculas orgânicas maiores, que
se acumularam nos oceanos primitivos.
Nem oxigênio, nem ozônio...
Sabe-se que na Terra primitiva o oxigênio existia na composição de moléculas de água
(H2O) e de dióxido de carbono (CO2), mas não existia em sua forma gasosa livre (O2) nem na
forma de ozônio (O3). Portanto, a camada de ozônio, hoje uma
barreira que filtra os raios nocivos do Sol, não era formada na época, de modo
que a radiação solar atingia diretamente a superfície terrestre. A energia
proveniente dessa radiação foi provavelmente
fundamental para a formação de novas substâncias no planeta. De modo
similar, a ausência de gás oxigênio, um potente
oxidante, permitia maior estabilidade das moléculas complexas formadas.
É importante destacar as condições da Terra primitiva para que a vida
começasse. Esse início partiu da evolução química de
moléculas orgânicas surgidas espontaneamente
(abiogênese).
Porém, há experimentos diferentes que ajudaram a derrubar
a ideia de que alguns organismos vivos poderiam surgir a partir de matéria
inanimada nas condições atuais do nosso planeta (biogênese). Ou seja,
existem diferentes verdades, mas uma sempre vai mais longe. A biogênese não
está errada, nem é contraditória em relação à abiogênese. Ambas são
pertinentes, mas a abiogênese foi mais longe (ela foi até às condições da Terra
primitiva). E lá, não havia oxigênio. A ausência de oxigênio inicialmente deve
ter facilitado a evolução química que culminou na origem da vida na Terra, pois
evitou a oxidação dos primeiros compostos orgânicos. E muito mais! Isso leva a
concluir que a existência de gás oxigênio é apenas pré-requisito para a vida
como a conhecemos, mas podem existir outras formas de vida no Universo, cujo
surgimento e evolução possam ter ocorrido independentemente da presença desse
gás. Prova disso foi a descoberta do “terceiro
reino”. Vejamos:
Arquea: o
verdadeiro ancestral dos eucariontes.
Mais de um século depois da descoberta
do núcleo celular, acreditava-se na existência de dois tipos essenciais de vida
na Terra – as bactérias (procariontes unicelulares) e os outros seres
(eucariontes pluricelulares). Em 1977, Carl Woese (EUA,
1928-2012) descobriu uma terceira forma de vida: as
archaeas (grupo de organismos unicelulares). Logo, não existem apenas 2
reinos primários na Terra, mas há 3. Trata-se de uma forma de vida capaz de
viver em qualquer lugar do planeta, inclusive nos ambientes mais extremos.
Hoje, os biólogos acreditam que a Arquea é o ancestral do qual evoluíram
os eucariontes (eu e você). Archaea
é a designação de um dos domínios de seres vivos, morfologicamente semelhantes
às bactérias, mas genética e bioquimicamente tão distintas destas como dos
eucariotas. As arqueobactérias mais conhecidas são:
• Metaogênicas,
que são responsáveis pela produção de metano;
• Halófitas,
que vivem principalmente nos locais com grande concentração de sal;
• Termoacidófilas,
que são aquelas que convivem em ambientes com temperaturas mais altas, assim
como grande acidez envolvida.
CONCLUSÃO:
Os pesquisadores acreditam que a evolução química foi importante para o surgimento das primeiras biomoléculas. Essas moléculas complexas se auto-organizaram em unidades seletivamente isoladas no ambiente, as precursoras das células. Estas, adquiriram material genético, chave para uma autorreplicação fiel, mas sujeita a alterações pontuais. Enfim, são essas mudanças ao acaso que possibilitam a obtenção de novas características, que podem ou não prover melhores adaptações às condições ambientais em constante alteração.
Logo, a teoria científica atualmente mais aceita para explicar a origem da vida é a "Teoria da Evolução Química", proposta inicialmente, e ao mesmo tempo, por Oparin e Haldane. A simulação realizada com o equipamento de Miller e Urey permitiu comprovar que é possível obter moléculas orgânicas a partir de moléculas inorgânicas em situações particulares, como tinha sido proposto por Oparin e Haldane. Vejamos uma questão a esse respeito:
CONCLUSÃO:
Os pesquisadores acreditam que a evolução química foi importante para o surgimento das primeiras biomoléculas. Essas moléculas complexas se auto-organizaram em unidades seletivamente isoladas no ambiente, as precursoras das células. Estas, adquiriram material genético, chave para uma autorreplicação fiel, mas sujeita a alterações pontuais. Enfim, são essas mudanças ao acaso que possibilitam a obtenção de novas características, que podem ou não prover melhores adaptações às condições ambientais em constante alteração.
Logo, a teoria científica atualmente mais aceita para explicar a origem da vida é a "Teoria da Evolução Química", proposta inicialmente, e ao mesmo tempo, por Oparin e Haldane. A simulação realizada com o equipamento de Miller e Urey permitiu comprovar que é possível obter moléculas orgânicas a partir de moléculas inorgânicas em situações particulares, como tinha sido proposto por Oparin e Haldane. Vejamos uma questão a esse respeito:
QUESTÃO: Em 1953, os
cientistas estadunidenses Stanley Miller (1930-2007) e Harold Urey (1893-1981) desenvolveram o seguinte experimento:
Com base na ilustração desse
experimento, podemos NEGAR que:
A)
O
experimento tenta explicar a origem da vida a partir de uma sequência evolutiva
de geração de moléculas cada vez mais complexas.
B)
O
experimento busca testar a formação de substâncias orgânicas nas supostas
condições da atmosfera primitiva da Terra.
C)
Os
resultados do experimento permitem comprovar a possível obtenção de moléculas
orgânicas a partir de substâncias inorgânicas em condições particulares.
D)
O
objetivo do experimento é contestar a ideia de que a vida se originou pela
primeira vez por meio de reações químicas ocorridas relativamente cedo na
história do planeta Terra.
E)
O
experimento espera notar a presença de moléculas complexas na água recolhida,
tais como aminoácidos, açúcares e ureia.
RESPOSTA:
D (As
ideias de Oparin e Haldane postulam justamente que nas condições da Terra primitiva a
vida começou a partir da evolução química de moléculas orgânicas surgidas
espontaneamente).