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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

1º de Janeiro (2016)...

O “Ano Novo” também é chamado de Réveillon, termo em francês que significa "despertar" ou “acordar”. Era usado no século 17 para designar jantares longos e chiques realizados durante o ano. Com o tempo, acabou popularizando-se como sinônimo da festa de passagem de ano.
A comemoração de Ano Novo tem sua origem em 46 a.C, quando o governador romano Júlio César criou um decreto para que o dia 1º de janeiro fosse o Dia do Ano Novo. Nesta mesma data também se comemora o “Dia Mundial da Paz” ou “Dia da Fraternidade (da Paz ou Confraternização) Universal”, um feriado internacional, adotado por quase todas as nações do planeta (alguns países ainda comemoram a passagem do ano na primavera, época de renovação das colheitas.). Ainda hoje, na China, a festa da passagem do ano começa em fins de janeiro ou princípio de fevereiro. Durante os festejos, os chineses realizam desfiles e shows pirotécnicos. A comunidade judaica tem um calendário próprio e sua festa de ano-novo ou Rosh Hashaná, – “A festa das trombetas” -, dura dois dias do mês Tishrê, que ocorre em meados de setembro ao início de outubro do calendário gregoriano. Para os islâmicos, o ano-novo é celebrado em meados de maio, marcando um novo início. A Autoridade para a Promoção da Virtude e Prevenção ao Vício (APVPV) proibiu a comemoração do Ano Novo na província de Aseer (Arábia Saudita). A lei local determina que todas as pessoas vistas festejando a data sejam durante reprimidas.

Porém, foi em 08 de dezembro de 1968 que a data 1º de janeiro, dia de “Ano Novo”, foi oficializada pelo Papa Paulo VI, a fim de ser celebrado pelos verdadeiros amigos da Paz, independente de credo, raça, posição social ou econômica, como o “Dia Mundial da Paz”. Nesse dia, as pessoas trocam votos de alegria, de paz e de felicidade para o ano que se inicia. Ainda que desde 1981 o Dia Internacional da Paz seja comemorado em 21 de setembro, a data de 1º de janeiro é reconhecida pela ONU como o Dia da Confraternização Universal, ou seja, do diálogo e da paz entre os povos.

Por que essa história de “Paz”? Por que o ano de 1968? Bem, o ano de 1968 foi conturbado em grande parte do mundo, foi quando aconteceu a guerra do Vietnã, os assassinatos de Robert Kennedy e Martin Luther King, lutas da população civil contra os modelos autoritários de governo, onde no Brasil foi instituído o AI-5, pelo presidente Costa e Silva, sendo hoje considerado um atentado à liberdade.

Em nível global o que desejo é uma humanidade consciente e liberta dos seus tristes e fatais conflitos bélicos. Desejo à história do mundo um devir mais feliz, ordenado e civil. Então fica essa reflexão: Como queremos que o mundo seja nos próximos 365 dias que ainda estão por vir?
Para os que são curiosos, eis algumas notícias interessantes sobre essa data:

1.      O Ano Novo é o feriado mais antigo do mundo. Ele já era comemorado na Babilônia 4 mil anos atrás. Desde aquela época as promessas na passagem de ano, tão comuns e tão descumpridas, já eram feitas. Mas em vez de resolverem levar uma dieta a sério ou parar de fumar, eles juravam de pés juntos que, tão logo acabassem as festas, devolveriam equipamentos de agricultura que haviam sido emprestados por amigos.
2.      Até 153 a.C., o Ano Novo era comemorado em 15 de março. Ano a partir do qual os romanos declararam dia 1º de janeiro como o Dia do Ano Novo. Desde o início, a escolha foi totalmente arbitrária: não há nenhum motivo agrícola ou astronômico. O calendário gregoriano é quase universal (implantado em 1582). Foi a partir daí que o Ano Novo passou a ser comemorado, quando as nações cristãs adotaram o calendário criado pelo papa Gregório VIII.
3.      A tradição de usar um bebê como símbolo do Ano Novo foi adotada pelos gregos por volta do ano 600 a.C. Eles desfilavam com um bebê dentro de um cesto para homenagear Dionísius, o deus do vinho. O ritual era a representação do espírito da fertilidade, pelo renascimento anual de Dionísius.
4.      Na Dinamarca, era sinal de sorte encontrar louças quebradas na porta de entrada de casa no dia do Ano Novo. Por isso, os dinamarqueses costumavam quebrar pratos na véspera do Ano Novo e colocá-los na porta da casa dos amigos. Por ser pouco prática, hoje a tradição quase não é mais praticada.
5.      Em 1995, os moradores de Talca, pequena cidade do Chile, iniciaram a tradição de passar a véspera do Ano Novo junto aos familiares mortos. Lá, as famílias comemoram a data no cemitério, perto das covas dos parentes. Isso já é praticado por cerca de cinco mil pessoas.
6.      Quando o calendário romano foi criado, o mês de janeiro foi nomeado em homenagem ao deus Janus ("porta", em latim). Janus tem duas faces, uma virada para a frente e a outra virada para trás. Ele passa a mensagem de "abertura de novos tempos".
7.      Os romanos começaram a tradição de trocar presentes na véspera do Ano Novo. Eles davam mudas de árvores sacradas uns aos outros, como símbolo de boa sorte. Até hoje a tradição permanece, apesar de os amuletos serem outros (calcinhas da sorte, pingentes etc.).
8.      Um dos primeiros territórios habitados a receber o sol do ano novo é a Ilha Pitt, na costa Oriental da Nova Zelândia. Já o último lugar do mundo a festejar o início de um ano novo é a Ilha de Samoa, no Pacífico.
9.      O Ano Novo é considerada a festa mais barulhenta do mundo inteiro. Faça muito barulho. Toque corneta, tambor, bumbo, solte fogos de artifício, grite. Vale qualquer escarcéu. De acordo com antigas tradições orientais, os maus espíritos se afugentam com ruídos altos.
10.  Em Salvador, na Bahia, a festa de Bom Jesus dos Navegantes acontece no primeiro dia do ano. A imagem de Jesus Cristo cruza a baía de Todos os Santos acompanhada por centenas de embarcações ornamentadas.

 “Mas a evocação da globalização deveria revestir também um significado espiritual e moral, solicitando a olhar os pobres bem cientes da perspectiva que todos somos participantes de um único projeto divino: chamados a constituir uma única família, na qual todos – indivíduos, povos e nações – regulem o seu comportamento segundo os princípios de fraternidade e responsabilidade.”

Impostos 2015...

Neste ano de 2015, cada contribuinte trabalhou 05 meses só para pagar imposto. 

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Quem é o responsável por essa crise dolorosa?

  A arrecadação do Governo caiu em 52 bilhões de reais;
  Temos um déficit de R$ 120 bilhões nas contas públicas;

  Começamos o ano com a expectativa de um crescimento em torno de 1%. Hoje sabemos que haverá uma retração próxima de 4%. A recessão representou uma queda de receita para o Governo de R$ 52 bilhões. Para piorar, houve a herança maldita de contas atrasadas e ainda não pagas. São despesas com os subsídios do BNDES, do Banco do Brasil e da Caixa. Estamos falando de uma conta de R$ 50 bilhões.

O Brasil está sonhando com um milagre econômico...

  Temos, atualmente, um déficit fiscal recorrente, chamado de estrutural, de pelo menos 1% do PIB, algo em torno de R$ 60 bilhões.
  Está contrato para o próximo ano um aumento de despesas de no mínimo 75 bilhões de reais. São 55 bilhões de Previdência e 20 bilhões de seguro-desemprego e outro benefícios.
  O Bolsa Família tem um valor equivalente a 28 bilhões de reais.
  No último ano agora houve corte de despesas públicas pelo Governo no valor de 32 bilhões de reais.
  Há uma exigência de elevar para 10% do PIB os gastos com Educação até 2024.
  Até 2024, haverá uma elevação prevista de 2 pontos percentuais do PIB com Previdência e Saúde, por causa de questões demográficas. 

Crise e alta do dólar mudaram o comportamento dos viajantes...

7 em cada 10 brasileiros optaram por viajar pelo Brasil mesmo nesse fim de ano 2015/2016. O destino de réveillon e a cidade do Rio de Janeiro (com alta de +12% da ocupação dos hotéis. Em Salvador é +5% maior), que irá receber 857 mil turistas nessa virada. Aliás, ao longo desse ano o dólar subiu 46%. Logo, o sonho de passar a virada de ano nos EUA ou na Europa foi adiado para viajar por aqui mesmo. 

Sistema Doente...

Quando um professor passa a controlar a turma com gritarias e ofensas ou quando ele já não consegue mais dar conta das situações cotidianas e muito menos das imprevistas, duas coisas são previsíveis: ou ele já está doente ou ele é inexperiente e caminha para um quadro patológico. Quem encontra respostas adequadas aos dilemas da profissão consegue manter-se equilibrado e alcançar sucesso. Quem não encontra pode ter um fim trágico. Ou seja, a dificuldade de relacionamento dentro da escola e com todos os seus membros ainda é a “disciplina” das mais difíceis.

As maiores causas de afastamento da sala de aula são: estresse, dores musculares e síndrome do esgotamento. Mas, podemos adicionar aí os casos de depressão, problemas com sobrecarga ou frustração, mal-estar e tensão, exaustão física e emocional (Síndrome de Burnout), descontentamento e angústia. O trabalho deve ser fonte de realização e prazer, mas pode causar sofrimento e enfermidade. A consequência é o número crescente de faltas, de pedidos de licenças médicas, etc. que eleva o custo anual para o Governo (que poderia estar usando o dinheiro para construir, mobiliar e equipar as escolas) para cuidar das enfermidades dos professores. Um ensino de qualidade não comprometeria a saúde dos profissionais da educação. As doenças de quem leciona tornam enfermo o sistema de ensino.

A falta não pode virar a única estratégia para lidar com as questões de saúde. Mas é importante que o direito de estudar acompanhe o direito de ter condições para oferecer uma boa aula. Entender o que causa as doenças ou o que contribui para que elas se manifestem requer olhar para a sociedade, para o sistema educacional como um todo e para a relação com o trabalho. Essa epidemia deve ser combatida com soluções urgentes: secretarias devem criar programas de prevenção, escolas devem reorganizar processos e educadores devem buscar formas criativas de enfrentar as dificuldades do dia a dia, gestão democrática e participativa, formação, organização do tempo, trabalho em equipe, relacionamento com os alunos, infraestrutura, currículo e valorização social.

É preciso contribuir para o bem-estar e o desempenho do profissional, ao mesmo tempo em que favorecer um impacto positivo na qualidade da Educação. Precisamos tornar o dia a dia dentro da escola menos desgastante para todos, para isso, o poder deve ser usado para minimizar as angústias do docente diante das adversidades.

Eis algumas dicas para sentir-se bem na profissão:

- aulas mais bem preparadas têm impacto no desempenho da turma e, por consequência, na satisfação profissional;
- às vezes é preciso diminuir as aulas e aumentar o lazer;
- ser menos mecanizado e mais criativo na escola;
- a formação inicial é tão importante quanto a formação continuada;
- formar grupos de estudos para também discutir e refletir as questões do dia a dia na escola a fim de acabar com que faz sofrer;
- a queixa deve se transformar em alternativas para enfrentar as adversidades. Só reclamar leva a mais mal-estar;
- o ambiente escolar pode ter espaço para o choro e as queixas que aliviam a tensão cotidiana, desde que isso se torne algo positivo;
- a escola precisa discutir princípios de forma sistemática para que os alunos entendam o porquê das regras – a autoridade nasce do respeito e do conhecimento;
- não se acabar diante de um ambiente sem condições acústicas, de iluminação, de temperatura e ventilação. Diante das adversidades, usar a criatividade para superar os obstáculos, sem sacrificar a própria saúde;
- criar políticas para reduzir os riscos para alunos e professores, pensando em saúde e Educação de forma articulada;
- ter clareza sobre o que ensinar é condição para que os docentes executem bem sua função em classe;
- com a certeza de ter as condições necessárias para desempenhar bem sua função, o educador sofre menos;
- ter a tranquilidade de ensinar, sabendo exatamente onde pisar;
- satisfação vem com prestígio, garantir a formação de qualidade e o justo reconhecimento do que faz; pois a progressiva desqualificação e o não-reconhecimento social potencializam o sofrimento dos docentes;
- quando se fala em valorização social, o sentido não deve ser apenas retórico, o que inclui homenagens e discursos em favor do Magistério. A valorização tem de ser real. Profissional reconhecido é aquele que dispõe de boas condições de exercer sua função no dia a dia, salário compatível com o que se espera dele e políticas públicas que cuidam de sua formação e sua saúde. 

As contas do Governo... As nossas contas.

As contas do Governo devem fechar o ano com um rombo de R$ 120 bilhões. Quase metade desse déficit vem do pagamento das pedaladas fiscais (bancos públicos cobriram as contas do Governo para que o mesmo feche o ano sem entrar no vermelho). Toda essa dívida será quitada ainda em 2015.

De qualquer forma, 2016 começa com um aumento real do salário mínimo. Passou dos atuais R$ 788,00 para R$ 880,00. Em um cenário de crise econômica, é uma excelente notícia. O impacto será de R$ 4,7 bilhões nas contas do Governo. 

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Reforma Administrativa Insuficiente...

A ideia de uma Esplanada mais enxuta continua uma ideia. Os R$ 200 milhões que seriam economizados, faltam mais de R$ 180 milhões para fechar a conta. Seriam feitos cortes na Máquina Pública para ajudar a cobrir um rombo de mais de R$ 30 bilhões no orçamento de 2016.

- eram para ser cortados 3 mil cargos comissionados, mas só deixaram de existir 346 (11,5% do esperado);
- 10 ministérios seriam cortados, mas só foram 8 (o número caiu de 39 para 31);
- nas secretarias ligadas aos ministérios, 30 seriam extintas, mas até agora foram apenas 7;

- o Governo promete que ainda pagará neste ano (2015) as pedaladas fiscais;

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Vacina contra dengue chega ao Brasil...

ANVISA aprova a venda da primeira vacina contra a dengue no Brasil. A estimativa é que ela consiga diminuir 2 em cada 3 casos da doença. A vacina é produzida em um laboratório francês e é eficiente para os 4 tipos de dengue. Os testes feitos em 15 países mostram a eficiência da vacina para quem tem entre 9 e 45 anos de idade. É uma eficácia superior a 65%, mas consegue evitar até 93% dos casos mais graves de dengue. Essa vacina já é vendida no México e nas Filipinas e deve ser tomada em 03 doses, com intervalo de 06 meses entre elas. Esse medicamento estará disponível no final do primeiro semestre de 2016. 80% dos criadouros da dengue estão dentro das residências humanas. A vacina contra dengue não diminui o cuidado do combate ao mosquito que também transmite a febre Chikungunya e o Zika vírus. 
Só este ano de 2015 o número de casos da doença registrado em todo o Brasil é de: 
O fabricante disse que tem condições de fazer 100 milhões de doses por ano e conseguiria mandar 30 milhões para o Brasil. A vacina tem eficácia média de 66%, o que significa a redução de até 80% dos casos que levam à internação. Um resumo da vacina é o seguinte:





sábado, 26 de dezembro de 2015

Que tal um pouco de Didática?

  A Didática não é um conjunto de técnicas, mas uma área do conhecimento que procura fazer a mediação entre a teoria educacional e a prática em sala de aula.
  A motivação do aluno pode vir da percepção de que o professor ama o que faz. “É incrível como ele consegue fazer a gente entender, como junta as coisas da vida com as coisas da disciplina”. São aulas organizadas e planejadas. Tem facilidade para ouvir os alunos. Varia as estratégias dependendo do conteúdo. “Não se estressa por bobagem”. Quando ocorre algum problema, tipo indisciplina, ele ouve, reflete e age, mas sem fazer escândalo.

  O trabalho docente se faz na interface entre o desenvolvimento da prática (conhecimento tácito) e o aprofundamento teórico. O aprofundamento teórico é essencial para uma ação reflexiva, de qualidade superior, e é preciso cuidado para não cair em nenhum dos extremos: o praticismo e o teoricismo. A teoria e a prática se articulam o tempo todo, embora nem sempre as percebamos.
  O praticismo reduz a formação do professor apenas à prática e nega-lhe a possibilidade de ser um intelectual da educação e coloca-o apenas no papel de executor de atividades pensadas e programadas por sistemas de ensino, leis, autores, etc.
  Na área da educação, a Didática é uma área essencial para o aprofundamento teórico. Ela é “uma área que tem como especificidade o estudo da prática pedagógica” e se ocupa do processo ensino-aprendizagem.
  Há uma grande importância da formação docente. O professor deve ir além do domínio de conteúdo e a Didática tem um papel fundamental nisso.
  Definições de Didática. Na Antiguidade até o século XIX o método de ensino era a memorização (a compreensão era quase desnecessária). Há várias concepções de Didática que foram sendo construídas no decorrer dos tempos e de acordo com as necessidades e condições da sociedade em cada época. 
1.      A Didática é uma disciplina teórico-prática que pretende subsidiar o professor “em todos os elementos constitutivos da dinâmica escolar, quais sejam: a reflexão pedagógica necessária à implementação de um projeto educativo, com suas concepções explicitadas através de seus planejamentos e efetivadas através de sua dinâmica cotidiana” (MELO; URBANETZ, 2008, p. 152).
2.      A Didática é a arte de ensinar.
3.      É uma disciplina técnica, e que tem como objetivo específico a técnica de ensino.
4.  É o estudo das teorias de ensino e de aprendizagem aplicadas ao processo educativo que se realiza na escola, bem como dos resultados obtidos. 
  Vários filósofos e educadores se dedicaram ao estudo de novos métodos de ensino com ênfase na compreensão:
- Sócrates (século V a.C.): teoria baseada na refutação (fazer o discípulo admitir sua ignorância) e na maiêutica (refletir e reformular suas próprias respostas). O saber não é uma transmissão, mas uma descoberta própria. Ou seja, partia do erro para o acerto.
- João Amos Comenius (século XVII): didática é a arte de ensinar tudo a todos. Em 1632, apresentou 5 princípios para o ensino:
1. o aluno aprende através dos sentidos (ver e tocar);
2. aplicar o conteúdo ao dia a dia;
3. explicação da origem dos fenômenos estudados;
4. explicar os princípios gerais e somente depois os detalhes;
5. continuar o conteúdo somente após a compreensão total do aluno.
- Heinrich Pestalozzi (século XVIII): o indivíduo nasce bom e as influências do ambiente interferiam na formação do seu caráter. Portanto, a educação era um agente natural transformador da sociedade. Características do seu método:
1. apresentava o conhecimento por seus elementos simples e concretos, para estimular a compreensão;
2. utilizava o processo de observação ou percepção pelos sentidos, denominado de intuição;
3. fixava o conhecimento tendo como base a observação;
- Jhon Frederik Herbart (século XIX): baseou seu trabalho em Pestalozzi, de quem foi discípulo. O ser humano não é bom nem mau, mas desenvolve-se num sentido ou no outro a partir das influências externas. Sua característica é a assimilação. A função da escola é ajudar o aluno a se desenvolver:
1. do contato com a natureza, através da experiência;
2. do contato com a sociedade, através do convívio social.
- John Dewey (século XX): a escola teria que trabalhar em coletivo se baseando na cooperação, pois o homem tem uma necessidade social que o obriga a ser cooperativo.

  O estudo da Didática é essencial ao professor e objetiva que ele compreenda o fenômeno educativo de maneira ampliada e possa tomar decisões adequadas aos propósitos que ele defende.
  Como ser um bom professor? O professor é e precisa ser um intelectual da educação, saber o que e como fazer, assim como as possíveis consequências de seus atos!




quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Teremos um deserto aqui no Nordeste?

Monitoramento feito por pesquisadores através de imagens de satélite mostra o motivo de brasileiros estarem abandonando uma grande região que envolve o norte de MG e todos os estados aqui do Nordeste. É uma imensidão devastada. São efeitos silenciosos porque quando chove renascem plantas que não crescem quase nada, mas causa uma sensação de que está tudo bem com a caatinga. Mas, não está não: a terra está perdendo a fertilidade ou a capacidade de produzir alimentos. Quem sobrevivia da agricultura familiar está sofrendo o drama da desertificação. Veja o tamanho das áreas que estão virando deserto no semiárido brasileiro e a quantidade de pessoas afetadas.



domingo, 20 de dezembro de 2015

Seis características do professor do século 21.

Eis as qualidades do novo educador...

1ª - Ter boa formação: o mestrado é o caminho natural.


Os bons educadores, aqueles que realmente fazem a turma aprender, são os que não param de estudar. Isso implica dominar cada vez mais o conteúdo curricular como também as ferramentas para pensar em novas formas de abordá-lo durante as aulas. O mestrado nessas horas é um bom caminho. A integração entre o mestrado e a experiência em sala de aula leva a reflexões sistemáticas que eliminam barreiras entre a teoria e a prática. Ele rompe com visões tradicionalistas e noções simplistas. Acredito que a boa formação é o caminho para a Educação pública dar um salto de qualidade. Só assim os educadores vão dominar os conteúdos, fazer um planejamento de acordo com as diretrizes da rede e a realidade dos alunos e avaliar a própria prática. Sinto cada vez mais confiança em relação a meus conhecimentos e, quanto mais estudo, mais percebo como isso é imprescindível para ensinar bem.
2ª - Usar as novas tecnologias: um recurso a favor dos conteúdos.

A tecnologia pode potencializar o ensino. Ora os educadores não capacitados para aproveitar esses recursos ou os usa sem planejamento. Aprendi a importância de analisar quais conteúdos podem ser ensinados com o auxílio da tecnologia. O fato é que nossos alunos são formados dentro da cultura digital e profundamente influenciados por ela. Com a democratização do uso da internet, o crescimento do número de lan houses, o barateamento dos computadores e mesmo a implantação de programas de governo destinados à informatização das escolas, não há por que trabalhar usando somente o quadro e o giz. Cabe a nós entender como se dá esse processo e nos atualizar de forma a desafiar os estudantes.
3ª - Atualizar-se nas novas didáticas: um jeito de ensinar cada disciplina.

É importante não perder as formações oferecidas pela rede como meio de atualizar em relação à didática. Faz toda a diferença no dia a dia na sala de aula ter contato com as obras de autores consagrados e se aprofundar nas didáticas específicas. Hoje tomo decisões com mais segurança e, quando vejo o quanto os estudantes estão avançando, percebo que estou no caminho certo. 
 4ª - Trabalhar em equipe: na troca de ideias, todos ganham.

Hoje tenho total clareza de que, conversando com os demais professores e com a orientadora pedagógica, é possível descobrir formas mais eficazes de ensinar. Juntos, planejamos as atividades, analisamos o que funcionou ou não e pensamos no que é preciso fazer para melhorá-las. Os pais são outros grandes aliados no processo de ensino e aprendizagem. Quando todos - família, professores e gestores - se envolvem, o aluno sempre ganha.
5ª - Planejar e avaliar sempre: observar para reorientar o trabalho.

Há uma importância fundamental de usar meios avaliativos para checar o que de verdade os alunos aprenderam e, com isso, verificar a qualidade e a consistência das estratégias de ensino para reorientar o trabalho em sala. Para isso, a escola precisa ter um currículo bem estruturado para se saber quais são as expectativas de aprendizagem para cada conteúdo. É importante começar a aula com uma sondagem e, com base nesse levantamento, programar maneiras de retomar o que não foi aprendido. Na hora de introduzir um conteúdo, propor situações diversas antes de entrar na teoria propriamente dita, definindo estratégias e fórmulas e sistematizando o que se viu na prática. Durante todo o ano, vão se alternando os momentos de planejamento, as aulas e a avaliação - que não se baseia apenas em provas. Observar e registrar as estratégias usadas pelos alunos, as dificuldades e os avanços deles, além de olhar os cadernos. Assim, procurar não deixar as dúvidas se acumularem e logo intervir. Quando identificar alunos com dificuldades, se concentrar em ajudá-los, enquanto quem está em dia com a matéria se ocupar de outras atividades. Trabalhos em grupo, durante as quais os colegas se ajudam, também são essenciais. Algumas vezes, como lição de casa, propor desafios complexos para a garotada. Isso ajuda a ver até que ponto todos entenderam o que foi visto e se conseguem usar um conhecimento em diferentes contextos. Esse é mais um jeito de aproveitar da melhor maneira o potencial da turma e tornar o trabalho ainda mais produtivo.
6ª - Ter atitude e postura profissionais: todos os alunos podem aprender.

Ao não se sentirem ouvidos, os jovens podem perder o interesse pelas aulas. É necessário valorizar o que eles sabem e, sobretudo, respeitar seu cotidiano. Assim, a aprendizagem do conteúdo começou a fazer sentido e eles passaram a ficar mais atentos às aulas. Ainda assim, se surgia alguma briga, eu deixava claro que, como qualquer outro lugar, a sala de aula também tem normas de convivência. Em vez de impor regras, coloquei o tema em discussão e os atritos diminuíram. Todos, independentemente de seu histórico e comportamento, têm a capacidade e o direito de aprender e, por isso, devemos sempre esperar o melhor de cada um. Todo docente deve analisar cada caso, olhar para as dificuldades de convivência, pensar em estratégias para sanar os problemas e criar o melhor ambiente para a aprendizagem. Envolver os pais nesse processo ajuda. Deixo claro para eles que é essencial mostrar aos filhos como se importam com a vida escolar deles. O que ocorre na sala de aula é reflexo da Educação como um todo. Essa reflexão deveria se estender a todos nós, professores, os principais interessados, juntamente com os alunos, na melhoria da qualidade do ensino.

Atualidades da Mídia: 2015/2016

·         Quase todos os brasileiros pretendem dá presente (93%), mas sem gastar tanto (por isso o valor das vendas deve cair 22%). Até a tradicional decoração natalina foi cancelada em muitos pontos visando a economia.
·         Bombeiros e brigadistas já trabalham a quase 2 meses para controlar o incêndio que não para de avançar na Chapada Diamantina. São muitos focos. A principal preocupação é com o Parque Nacional da Chapada Diamantina (13% já foram destruídos), uma das principais reservas ecológicas do país. Espécies raras estão virando cinzas.

·         A Justiça Federal determinou o bloqueio dos bens da Vale e da BHP, donas da mineradora Samarco. A medida é para garantir o pagamento total dos danos causados pelo rompimento da barragem em MG. 

E mais...


·         Aumento de impostos sobre eletrônicos e bebidas. Aí sobra para o consumidor. Celulares, computadores (produtos de informática: 9,25% as mais no preço bruto. O Governo quer com PIS e o COFINS uma arrecadação de R$ 6,7 bilhões em 2016, com perspectiva de perdurar até 2019), vinhos e bebida em geral estão mais caros (+IPI = Imposto sobre Produtos Industrializados: 10% para vinhos a 30% para uísques = R$ 1 bilhão para o Governo em 2016).

·         A mídia quer saber: o novo Ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, fará o corte necessário de gastos que a economia necessita? A desconfiança perante a ele veio do fato de estar à frente de medidas que aumentaram os gastos do Governo. Ele defendeu uma meta flexível de economia para o ano que vem. O objetivo é tentar equilibrar as contas públicas e interromper o ciclo de queda da atividade econômica (da recessão da economia). Fica claro que a política fiscal será mantida. Seus dois grandes desafios são:
 A inflação, que deve fechar 2015 perto de 11% (o maior índice desde 2002);
- E a alta do desemprego.
- O grande problema imediato é: as pedaladas fiscais = empréstimos dos bancos públicos para o Tesouro Nacional, julgados ilegais pelo TCU. Essa dívida já está em R$ 57 bilhões. 

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Obras do Porto Sul

Depois de 06 anos de muita polêmica, as obras do Porto Sul, aqui na Bahia, vão começar. A construção do porto deve gerar 2 mil empregos diretos na região, mas muitos ambientalistas reclama dos impactos ambientais. A autorização do IBAMA para retirar parte da Mata Atlântica era o passo que falta para o início das obras. 500 hectares serão desmatados para a construção do Porto Sul, na região de Aritaguá, em Ilhéus. O projeto está orçado em mais de R$ 2 bilhões, e é resultado de uma parceria público/privada. As obras irão começar no 1º semestre de 2016, e o porto deve ficar pronto em 03 anos.

Algumas empresas já fazem planos para escoar a produção por esse porto. Entre elas, uma multinacional produtora de minério de ferro. Para alguns, o Porto Sul é essencial para se redefinir a Geografia econômica da Bahia (alavancar a economia regional levando empregos e sustentabilidade). Enquanto outros, tratam-se de investimento inadequados para a região. 



Os vários pontos da polêmica do possível Impeachment de Dilma Rousseff...


quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Novos dados do IBGE 2015/2016

- Menos da metade das famílias têm o padrão tradicional: marido, mulher e filhos (mas, esse perfil ainda é maioria no Brasil: casais com filhos: 42,9% em 2014, em 2004 eram 51%). 01 em cada 05 casais opta por viver como eternos namorados. Em 10 anos, a taxa de fecundidade no país caiu 18,6%. Em 2004, o índice de filho por mulher era de 2,14 (agora é de 1,74%). Em 15,1% dos lares a mulher é apontada como pessoa de importância e referência (em 2004, essa percepção era bem menor, apenas 3,6%). Embora a participação da mulher no mercado de trabalho tenha aumentado, a dupla jornada de trabalho não mudou. Há 10 anos, 09 em cada 10 mulheres chegavam em casa e continuavam trabalhando, 90,7% em2014. E quanto à mulher solteira sem filhos morando sozinha, esse grupo era de 10% em 2004 e agora subiu para 14,4% em 2014. 

A nota do Brasil foi rebaixada...

- O Brasil perdeu o selo de bom pagador, chamado de “Grau de Investimento”;
- Oficialmente, segundo a Agência de Risco Fitch Ratings, investir no Brasil agora é arriscado;
- A recessão na economia brasileira está mais profunda do que se previa;
- Taxas de desemprego mais altas;
- Aperto no crédito;
- Confiança em baixa;
- Inflação alta;
- Tudo isso está puxando para baixo o consumo;
- Incertezas políticas;
- Mal-estar no setor de construção civil;
- Corrupção na Petrobras;
- Tudo isso atingiu o investimento;
- O ambiente externo continua difícil para o Brasil;
- Queda preços nas commodity;
- A desaceleração na China;
- As condições financeiras internacionais mais apertadas;
- A situação política do país dificulta a solução dos problemas econômicos;
- As repetidas mudanças nos objetivos fiscais minaram a credibilidade da política fiscal;
- A maior incerteza política nas últimas semanas provoca ainda mais dúvidas sobre a habilidade do governo de conseguir aprovação no legislativo para economizar os recursos necessários (para pagar a dívida pública) em 2016;
- A análise da abertura do processo de Impeachment contra a presidente Dilma Rousseff é mais uma camada de incerteza no ambiente político difícil, de baixa popularidade da presidente, e com relações desgastadas entre o Governo e o Congresso;
- E a Fitch ainda indicou que pode rebaixar de novo a nota do Brasil;
- O Brasil não é mais seguro para investir (e quem diz é a segunda maior agência do mundo, a primeira foi a Standard & Poor’s, em setembro). O impacto disso é: na hora que as empresas quiserem pegar crédito elas pagarão mais caro por isso. Todo país que não tem, sonha com um grau de investimento, pois ele traz mais dinheiro, investimento e confiança ao país. O Brasil conseguiu esse título em 2008 depois do Governo Federal adotar medidas para equilibrar as contas e controlar a inflação; mas de lá para cá a política econômica mudou: os gastos públicos aumentaram (os investimentos no social), a inflação subiu e a confiança caiu, e agora, o que o Brasil levou anos para conseguir, pode levar muito mais para reconquistar.
- O Banco Central dos EUA, Federal Reserve, anunciou um aumento na taxa de juros americana, (entre 0,25% a.a. e 0,50% a.a). Os juros haviam sido baixados em 2008 para ajudar o Brasil a se recuperar da crise financeira. Essa notícia é negativa para o Brasil porque torna o mercado norte-americano mais atraente aos investidores, que podem decidir colocar menos dinheiro na economia de países emergentes, como o nosso;
- O que acontece na economia brasileira é a tempestade perfeita: o cenário é muito ruim, praticamente estamos parados, entrando em um novo ano de recessão, com juros e inflação altos;
- Como a crise política e a crise econômica não começaram hoje, muitos investidores já haviam saído do mercado brasileiro;
- A falta de enfrentamento dos problemas;
- Acreditar que a saída é fácil;
- O erro de acreditar que a crise está lá fora e não vai chegar no Brasil;
- O erro de que não precisamos subir juros para combater a inflação;
- Acreditar erroneamente que a gente combate a inflação segurando o preço da gasolina;
- Tudo isso é resultado da política econômica do atalho: não deu certo, faz intervenção no setor atalho. É nisso que dá acreditar numa saída fácil para um problema difícil;
- Para que o Brasil possa resgatar a confiança: a reforma na Previdência, a tributária, a trabalhista, têm que ser encaradas para que o Brasil possa resgatar a confiança;
- A grande crise chegou;
- O Governo pediu para ser rebaixado porque de forma sucessiva foi mudando a meta fiscal, até construir um déficit primário, sem fazer nenhuma economia para pagar juros da dívida, o que levou a mais uma agência a rebaixar a nota do Brasil. Quem semeia vento, colhe tempestade;
- A crise política está interferindo no cenário econômico;

- Foi uma grande discussão sobre a redução da economia que o Governo tem que fazer para pagar juros da dívida. Inicialmente, a proposta era uma economia de R$ 34 bilhões/2016 (equivalente a 0,7% do PIB), mas o Governo pediu para reduzir para R$ 24 bilhões (equivalente a 0,5% do PIB). Essa diferença de R$ 10 bilhões será remanejada para o Programa Bolsa Família, que corria risco de uma diminuição em seus recursos.