O “Ano Novo” também é chamado de Réveillon, termo em francês que significa "despertar" ou “acordar”. Era usado no século 17 para designar jantares longos
e chiques realizados durante o ano. Com o tempo, acabou popularizando-se como
sinônimo da festa de passagem de ano.
A comemoração de Ano Novo tem sua origem em 46 a.C,
quando o governador romano Júlio César criou um decreto para que o dia 1º de
janeiro fosse o Dia do Ano Novo. Nesta mesma data também se comemora o “Dia Mundial da Paz” ou “Dia da Fraternidade (da Paz ou
Confraternização) Universal”, um feriado internacional, adotado por quase
todas as nações do planeta (alguns países ainda comemoram a passagem do ano na
primavera, época de renovação das colheitas.). Ainda hoje, na China, a festa da
passagem do ano começa em fins de janeiro ou princípio de fevereiro. Durante os
festejos, os chineses realizam desfiles e shows pirotécnicos. A comunidade
judaica tem um calendário próprio e sua festa de ano-novo ou Rosh Hashaná, – “A
festa das trombetas” -, dura dois dias do mês Tishrê, que ocorre em meados de
setembro ao início de outubro do calendário gregoriano. Para os islâmicos, o
ano-novo é celebrado em meados de maio, marcando um novo início. A Autoridade
para a Promoção da Virtude e Prevenção ao Vício (APVPV) proibiu a comemoração
do Ano Novo na província de Aseer (Arábia Saudita). A lei local determina que
todas as pessoas vistas festejando a data sejam durante reprimidas.
Porém, foi em 08 de dezembro de 1968 que a data 1º de
janeiro, dia de “Ano Novo”, foi oficializada pelo Papa Paulo VI, a fim de ser celebrado pelos verdadeiros amigos da
Paz, independente de credo, raça, posição social ou econômica, como o “Dia
Mundial da Paz”. Nesse dia, as pessoas trocam votos de
alegria, de paz e de felicidade para o ano que se inicia. Ainda que desde 1981
o Dia Internacional da Paz seja comemorado em 21 de setembro, a data de 1º de
janeiro é reconhecida pela ONU como o Dia da Confraternização Universal, ou
seja, do diálogo e da paz entre os povos.
Por que essa história de “Paz”? Por que o ano de
1968? Bem, o ano de 1968 foi conturbado em grande parte do mundo, foi quando
aconteceu a guerra do Vietnã, os assassinatos de Robert Kennedy e Martin Luther
King, lutas da população civil contra os modelos autoritários de governo, onde
no Brasil foi instituído o AI-5, pelo presidente Costa e Silva, sendo hoje
considerado um atentado à liberdade.
Em nível global o que desejo é uma humanidade
consciente e liberta dos seus tristes e fatais conflitos bélicos. Desejo à
história do mundo um devir mais feliz, ordenado e civil. Então fica essa
reflexão: Como queremos que o mundo seja nos próximos 365 dias que ainda estão
por vir?
Para os que são curiosos, eis algumas notícias
interessantes sobre essa data:
1.
O Ano Novo é o feriado mais antigo do mundo. Ele já
era comemorado na Babilônia 4 mil anos atrás. Desde aquela época as promessas na
passagem de ano, tão comuns e tão descumpridas, já eram feitas. Mas em vez de resolverem levar uma
dieta a sério ou parar de fumar, eles juravam de pés juntos que, tão logo
acabassem as festas, devolveriam equipamentos de agricultura que haviam sido
emprestados por amigos.
2.
Até 153 a.C., o Ano Novo era
comemorado em 15 de março. Ano a partir do qual os romanos declararam dia 1º de
janeiro como o Dia do Ano Novo. Desde o início, a escolha foi totalmente
arbitrária: não há nenhum motivo agrícola ou astronômico. O calendário
gregoriano é quase universal (implantado em 1582). Foi a partir daí que o Ano
Novo passou a ser comemorado, quando as nações cristãs adotaram o calendário
criado pelo papa Gregório VIII.
3.
A tradição de usar um bebê como
símbolo do Ano Novo foi adotada pelos gregos por volta do ano 600 a.C. Eles
desfilavam com um bebê dentro de um cesto para homenagear Dionísius, o deus do
vinho. O ritual era a representação do espírito da fertilidade, pelo
renascimento anual de Dionísius.
4.
Na Dinamarca, era sinal de sorte
encontrar louças quebradas na porta de entrada de casa no dia do Ano Novo. Por
isso, os dinamarqueses costumavam quebrar pratos na véspera do Ano Novo e colocá-los
na porta da casa dos amigos. Por ser pouco prática, hoje a tradição quase não é
mais praticada.
5.
Em 1995, os moradores de Talca,
pequena cidade do Chile, iniciaram a tradição de passar a véspera do Ano Novo
junto aos familiares mortos. Lá, as famílias comemoram a data no cemitério,
perto das covas dos parentes. Isso já é praticado por cerca de cinco mil
pessoas.
6.
Quando o calendário romano foi
criado, o mês de janeiro foi nomeado em homenagem ao deus Janus
("porta", em latim). Janus tem duas faces, uma virada para a frente e
a outra virada para trás. Ele passa a mensagem de "abertura de novos tempos".
7.
Os romanos começaram a tradição de
trocar presentes na véspera do Ano Novo. Eles davam mudas de árvores sacradas
uns aos outros, como símbolo de boa sorte. Até hoje a tradição permanece,
apesar de os amuletos serem outros (calcinhas da sorte, pingentes etc.).
8.
Um dos primeiros territórios
habitados a receber o sol do ano novo é a Ilha
Pitt, na costa Oriental da Nova Zelândia. Já o último lugar do mundo a
festejar o início de um ano novo é a Ilha de Samoa, no Pacífico.
9.
O Ano Novo é considerada a festa mais
barulhenta do mundo inteiro. Faça muito barulho. Toque corneta, tambor, bumbo,
solte fogos de artifício, grite. Vale qualquer escarcéu. De acordo com
antigas tradições orientais, os maus espíritos se afugentam com ruídos altos.
10.
Em Salvador, na Bahia, a festa de Bom Jesus dos Navegantes acontece no
primeiro dia do ano. A imagem de Jesus Cristo cruza a baía de Todos os Santos
acompanhada por centenas de embarcações ornamentadas.
“Mas a evocação da globalização deveria
revestir também um significado espiritual e moral, solicitando a olhar os
pobres bem cientes da perspectiva que todos somos participantes de um único
projeto divino: chamados a constituir uma única família, na qual todos –
indivíduos, povos e nações – regulem o seu comportamento segundo os princípios
de fraternidade e responsabilidade.”