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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Temas Pertinentes 2014

Atualidades: os fatos que marcaram 2013 e respingaram em 2014


Estreou no dia 11/04/2014 minha primeira aula de Geografia no cursinho “FC Concursos”: ENEM + Vestibulares. O tema foi “Atualidades: os fatos que marcaram 2013 e respingaram em 2014”. O objetivo foi o de alertar os vestibulandos e “concurseiros” para os principais temas que poderão aparecer nas provas, quer como questões ou como proposta de redação.  Confira-os, abaixo:

Brasil:
ü  A condição do negro no Brasil (no futebol);
ü  Machismo;
ü  Revisão da Lei da Anistia;
ü  Comissão da Verdade;
ü  Brasil de cabelos brancos: aumenta a população idosa no país (e outros dados do IDH);
ü  50 anos do golpe de 1964;
ü  Porto de Cuba financiado pelo Brasil;
ü  Rodovia Transamazônica;
ü  Pré-Sal & Petrobras;
ü  Migrações: Emigração/Imigração;
ü  Sistema Penitenciário Brasileiro;
ü  Liberação da maconha;
ü  Matriz Energética Brasileira;
ü  A luta pela água;
ü  Casamento Gay;
ü  MERCOSUL bolivariano;
ü  Copa do Mundo;
ü  Turismo no Brasil;
ü  Petrobrás;
ü  Índios;
ü  Meio Ambiente e desenvolvimento econômico sustentável;
ü  Agricultura;
ü  As cidades: Brasil urbano;
ü  Transporte público;
ü  O grito nas ruas: as manifestações que mexeram (e estão mexendo) com o Brasil (os black blocs);
ü  O papel da Polícia Militar nas manifestações;
ü  A prisão dos mensaleiros;
ü  Reforma Agrária;
ü  A prosperidade da nova Classe Média;
ü  O novo papel da mulher na nova sociedade;
ü  Direitos animais;
ü  Ciência sem Fronteiras;
ü  Meios de comunicação, liberdade de expressão e censura;
ü  Redes Sociais e terroristas digitais;
ü  O quadro educacional brasileiro;
ü  Campanha da Fraternidade 2014: “Fraternidade & Tráfico Humano” (o trabalho escravo, a exploração sexual, o tráfico de crianças e a venda de órgãos);
ü  Eleições no Brasil;
ü  A polêmica do “rolezinho”;
ü  O programa “Mais Médicos”;
ü  A luta contra o câncer.

Mundo:
ü  Memórias & Histórias: Nelson Mandela, Hugo Chávez e Margaret Thatcher;
ü  Irã: Energia Nuclear e segurança do planeta;
ü  Matriz Energética Mundial;
ü  Aquecimento Global (e as consequências para o Brasil);
ü  Espionagem norte-americana;
ü  A renúncia de Bento XVI e a chegada de Francisco: enfrentamento de temas polêmicos pela igreja:
- Possibilidade de comunhão para os divorciados que se casaram de novo;
- A união dos homossexuais;
- E os cargos que as mulheres poderão ocupar dentro da Igreja.
ü  Migrações: Emigração/Imigração no mundo;
ü  Conflitos na Ucrânia;
ü  Conflitos na Venezuela;
ü  II Guerra Mundial e os seus reflexos no mundo contemporâneo;
ü  Os conflitos que assolam o Oriente Médio;
ü  Primavera Árabe (que em 2010 apeou do poder vários déspotas do Oriente Médio);
ü  Energia limpa e barata para a humanidade: fabricação de carros elétricos;
ü  Colonização do espaço: privatização das missões espaciais;
ü  Conflitos entre Palestinos e Israelenses;
ü  Conflitos no Egito e na Síria;
ü  Coreia do Norte &/X Coreia do Sul.

CONCLUSÃO: Refletir sobre os fatos que marcaram o (in)consciente do coletivo social é de extrema importância para afugentar os fantasmas da memória e encarar a vida com mais lucidez (pelo menos é o que diz a Psicologia). Não podemos nos afogar no sombrio regime de exceção de direitos, muito menos nos entregar passivos e coniventes às barbaridades humanas. Revisão e reminiscências são importantes, sim! O sentimento geral da Nação (e do mundo) ou o “inconsciente coletivo” seja lá como queiram chamá-lo, anseia lucidez e justiça. Não existem razões para deixar varrida debaixo do tapete tanta sujeira. É preciso passar pelo processo de depuração dos episódios e emergir bem melhor deles. Vivemos novos tempos em que o arbítrio não é tolerável. Uma das qualidades deste momento é a de ser favorável a exames de consciência, útil exercício recomendável a todos, sem proveito da transparência e lisura de atos dos que detêm o poder. Entrem nessa cruzada pela verdade. Nada de extremos: nem abusos, nem inércia. Devemos caminhar no (e para) o equilíbrio. Refletindo o passado temos a chance de evitar a repetição dos mesmos erros. Temos maior chance de consolidar a nossa condição de sociedade politicamente justa, democrática e resolvida com as nossas memórias. Chega! As violações não podem mais ser classificadas como meros acidentes de percurso, consequência de equívocos. Os fatos sociais não podem ser confundidos com os fatos naturais, nem vice-versa. O que acontece com a sociedade, e todos que vivem nela, são de responsabilidade humana. Boa parte, práticas cruéis, abomináveis, inafiançáveis e imprescritíveis que assaltam a liberdade da maioria desvalida. Por isso mesmo, a conveniência do esquecimento não pode se sobrepor à satisfação histórica que milhares de famílias vítimas do sistema merecem receber. Sim, retrospectiva e inovação! 

segunda-feira, 21 de abril de 2014

AIDS

Se tem festa, festaço ou festinha... Tem que ter camisinha!!!

Meio milhão de brasileiros são atingidos pela Aids. 150 mil deles podem ter a doença, e o pior, eles nem sabem disso (a estimativa é do Ministério da Saúde)! 

No mundo, 300 mil crianças nascem a cada ano com o vírus. 

Tem aumentado a contaminação por HIV entre adolescentes (jovens de 15 a 24 anos de idade). Só neste grupo da população, em 08 anos (de 2005 a 2013), foram 29.731 casos da doença. Também foi constatado que nessa faixa etária, 1/3 dos jovens não usa camisinha (34,1% dos jovens brasileiros).

Especialistas dizem que há entre os jovens (que estão iniciando a vida sexual cada vez mais cedo) uma sensação completamente equivocada de que a Aids é uma doença controlada e de que não há risco de contrair o vírus. O que é um ledo engano.


Ø  Novidades na luta contra o HIV: descoberta médica mais importante das últimas décadas.
1.      A técnica de expulsão do vírus do corpo humano;
2.      Pessoas que desenvolveram resistência ao HIV;
3.      O vírus que desapareceu do organismo;
4.      Um remédio que está sendo testado em humanos, com resultados excelentes (AZT, Lavimudina, Nevirapina, Vorinostat).
Ø  Não é uma vacina, mas uma técnica de desinfecção.
Ø  A expulsão do vírus, o tratamento ultraprecoce, as vacinas e os transplantes não são as únicas frentes de pesquisa contra o HIV. E a modificação genética do corpo humano para torna-lo resistente ao vírus.
Ø  Os primeiros curados:
1.      Paciente de Berlim: Portadores da proteína CCR5 (sem essa proteína, o vírus da Aids não consegue entrar nas células);
2.      Controladores de Elite: são resistentes, pois são infectados pelo vírus, mas não desenvolvem Aids.
3.      Bebê de Mississipi: tratamento o mais cedo possível, ultraprecoce.
4.      Reengenharia Genética: usando técnicas de manipulação genética das células do paciente, alteram-se essas células para produzirem uma versão deficiente da proteína CCRs, essencial para o vírus da Aids.

“Talvez seja possível estender os limites do corpo humano – e, com uma pequena ajuda, torná-lo capaz de vencer a Aids. Talvez drogas que expulsam o vírus de seus reservatórios funcionem cada vez melhor, e se tornem lugar-comum daqui a alguns anos. Talvez os tratamentos ultraprecoces livrem milhões de pessoas do vírus. Mas notícias promissoras não significam que devamos baixar a guarda. Pelo contrário. A prevenção e o sexo seguro (com camisinha) continuam sendo essenciais. Para de fato vencer a Aids, a humanidade terá de apelar para as armas mais poderosas que existem: a inteligência e o bom senso. Afinal, se o vírus pode evoluir, nós também”.





domingo, 20 de abril de 2014

CHOCOLATE

Pode ou não pode comer sem culpa?


v  Doce constatação científica: além de gostoso, o chocolate (e também o café e o vinho) torna a vida mais longa e saudável. Quanto mais amargo, menor o valor calórico e maior a concentração de substâncias benéficas à saúde. Como tudo na vida, nada de excesso nem falta. Saudável é sinônimo de moderação.
v  O aspecto positivo à saúde proporcionado pelo chocolate são os compostos fenólicos encontrados no cacau, mas também num bom vinho, numa xícara de café fresquinho, num prato de feijão fumegante, nas sementes e na casca de frutos e vegetais ou num filete de azeite extravirgem.

v  Vejamos as utilidades dos compostos fenólicos e flavonoides:
- participam da fotossíntese, dão cor às plantas e protegem contra agressões externas;
- seus flavonoides combatem problemas cardiovasculares (os flavonoides atuam diretamente nos mecanismos do sistema cardiovascular). Comer 63 gramas de chocolate por semana (o equivalente a quatro bombons pequenos) resulta em queda de 20% nas taxas de derrame. Tais resultados podem ser comparados às benesses do exercício físico para o organismo;
- tem poder antioxidante, que combate o envelhecimento;
- reduz o colesterol ruim (LDL) e aumenta o colesterol bom (HDL);
- possui ação anti-inflamatória e preserva os vasos sanguíneos, mantendo a saúde da parede de veias e artérias.
v  Veja a conservação dos compostos fenólicos na hora de preparar os alimentos: crus (100%); cozidos no vapor, refogados ou assados (40%); fritos (30%).
v  Com tais características, o chocolate pode ser um ótimo aliado na prevenção das mais diversas condições. Do diabetes à perda de memória, do câncer à manutenção do peso, dos sintomas da menopausa ao envelhecimento da pele. Cai por terra, portanto, o mito de que chocolate dá espinhas. Isso tudo, é claro, se for consumido com parcimônia. Pois chocolate não deixa de ser alimento supercalórico.
v  Os nutricionistas costumam dizer que 20 gramas de chocolate por dia (ou uma barra pequena) é o suficiente, sem que haja um aumento significativo no total calórico da dieta. 10 gramas diários podem ajudar a circulação sanguínea. Um tablete desse tipo com 45 gramas (ou seja, acima de 65% na concentração de cacau) possui, em média, 54 miligramas de flavonoides. Na versão ao leite (em média, 25% de cacau), essa quantidade chega a, no máximo, 13 miligramas.
v  O que se tem por certo é que, quanto maior for a concentração de cacau, maior será a quantidade de flavonoides. Ou seja, o chocolate ideal é o mais amargo. E o que dizer do chocolate branco, em cuja formulação não entra cacau? Ele só engorda. Pronto.

v  Os estudiosos conseguiram demonstrar que por trás dos benefícios de uma alimentação rica em frutas, vegetais, azeite extravirgem e vinho estavam os flavonoides. A máxima do grego Hipócrates, escrita no século V a.C., “faça do alimento o seu medicamento”, nunca foi tão atual. 


domingo, 13 de abril de 2014

O Amor pode ter Cura

Ué, e desde quando ele é uma doença?


Desde quando ele causa dor, sofrimento, dependência e outras reações que levam o indivíduo à submissão. Aí para se livrar de tamanha dor da decepção, você iria até à farmácia, compraria a pílula antiamor e pronto! Está curado. 


O Amor que é Doença (explica a Psiquiatria):

- Há um tipo de amor considerado patológico pela medicina.
- Ele é definido como o comportamento de prestar cuidados e atenção ao parceiro de maneira repetitiva e sem controle, em detrimento dos interesses próprios.
- São pessoas que podem deixar de estudar e trabalhar para dar atenção ao outro, por exemplo.
- É mais comum entre as mulheres e tem entre suas causas o tipo de vínculo feito na infância com o primeiro cuidador: “Ele seria repetido no relacionamento amoroso adulto e é aquele em que a criança nunca sabe se poderá contar com o afeto. Ela se torna insegura, com ansiedade de separação e medo de perder afeto nas relações adultas”.
- Também está relacionado à baixa autoestima. O amor patológico acontece com quem não se ama, quem não consegue gostar mais de si do que do outro.
- O tratamento é a terapia. Pode ser usada a análise psicodramática, em sessões de grupo realizadas de 16 a 20 semanas. Também é feito atendimento individual e em grupo. E, quando preciso, usa-se medicação para tratar doenças associadas, como a depressão.
- A cura, que nesse caso é a libertação da obsessão, é alcançada.


 Duas maneiras de olhar o Amor: a “convencional” e a “científica”.

01. Convencional: o tema é visto sob uma perspectiva filosófica e literária. Existe o amor de Platão, de Shakespeare. Fala-se aqui do ideal, do sentimento arrebatador, que nasce sem muita explicação e gera histórias inesquecíveis.
02. Científica: Nesse caso, não há espaço para romantismo. A emoção seria produto de respostas fisiológicas desencadeadas no cérebro a partir de um estímulo. Sua geração faria parte do arcabouço de emoções que a espécie humana desenvolveu ao longo de sua evolução com o objetivo de garantir sua sobrevivência. O medo, por exemplo, nos ajudou a ter reações de fuga diante de predadores. O amor, por sua vez, foi o sentimento que garantiu a continuidade da reprodução da espécie. Bem, é por aqui que hoje, defendem os cientistas, é possível interferir nas etapas desse processo com a finalidade de interrompê-lo. A “neurociência do amor” está nos apresentando um entendimento novo do amor.
- Portanto, se pensarmos que o amor é algo que emerge da química cerebral, começa a fazer sentido falar em cura. Daí os tratamentos para esse sentimento.

As três fases do amor no consenso científico:

01. Luxúria (caracterizada pelo Desejo Sexual): a
02. Atração (junto com a Luxúria, as duas formam a Paixão): a
LUXÚRIA + ATRAÇÃO = PAIXÃO
- Elas são associadas aos hormônios estrogênio e testosterona – responsáveis, respectivamente, pelas características femininas e masculinas.
- Também há o foco no objeto da paixão, podendo ocorrer inclusive pensamentos obsessivos a ser respeito.
- Os apaixonados e os pacientes que sofrem de Transtorno Obsessivo Compulsivo dividem um mesmo tipo de pensamento. Os primeiros são focados nos parceiros, e os segundos, em suas obsessões.
03. Vínculo: Trata-se aqui do sentimento a longo prazo, sem o impulso da paixão, marcado por sensação de segurança e de proteção ao parceiro. Nessa fase agem duas substâncias: a ocitocina e a vasopressina.

A Química do Amor (a Neurofisiologia do Amor):
01.  Serotonina (é uma substância cerebral relacionada à regulação do humor – quanto menos serotonina, mais obsessão e desequilíbrio):
- Tanto apaixonados quanto pacientes que portam o Transtorno Obsessivo Compulsivo têm baixa quantidade ou pouca disposição de serotonina;
- Os amantes que manifestam obsessão pelo parceiro têm baixa disposição de serotonina. Quando o nível da substância sobe, eles não manifestam mais obsessão pelo parceiro.

02.  Dopamina (é o composto químico da alegria):
- A estrutura cerebral acionada na produção de serotonina é a região cerebral que compõe o sistema de recompensa do cérebro. Ele é ativado quando se vive algo que dá prazer. Ao entrar em ação, há a liberação de dopamina – a base química que está por trás da alegria que sentimos quando desfrutamos de uma situação prazerosa.
- Acontece que esse sistema é o mesmo acionado nos casos de dependência, como a de drogas ou de álcool. No caso do amor, a recompensa é o prazer proporcionado pelo parceiro. Isso explica porque existe quem vicia em drogas, quem vicia em álcool e quem se vicia no parceiro.
- É por essa razão que há o entendimento de que o amor pode se tornar um vício. Qualquer substância, comportamento ou relacionamento que apresente potencial de recompensa pode desencadear dependência.

03.  Depressão tem tudo a ver com as taxas de Serotonina e Dopamina: Os antidepressivos, por exemplo, reequilibram as concentrações de serotonina (humor desregulado para + ou para – o que causa comportamentos extremistas), reduzem pensamentos obsessivos, interferem na liberação de dopamina (no caso depressivo, aumenta).

04.  Amor patológico também tem tudo a ver com as taxas de Serotonina e Dopamina: Assim como os antidepressivos reequilibram as concentrações de serotonina, reduzem os pensamentos obsessivos e interferem na liberação de dopamina, portanto, haveria menos euforia também diante do amado (a). E têm, entre seus efeitos colaterais, a queda da libido.
- Outras opções seriam as medicações que impedem a ação da testosterona (ou da progesterona), provocando a diminuição do desejo.
- Apontam também a naltrexona, usada para tratar a dependência de opioide (receitados contra a dor) e contra o alcoolismo.
05.  Ocitocina e Vasopressina: são substâncias relacionadas ao Vínculo, a terceira fase do amor: Trata-se aqui do sentimento a longo prazo, sem o impulso da paixão, marcado por sensação de segurança e de proteção ao parceiro. Nessa fase agem duas substâncias: a ocitocina e a vasopressina.
- Ocitocina: é um hormônio envolvido na formação de laços afetivos e de fidelidade. “Ele é liberado quando há contato íntimo, um toque carinhoso”.
- Vasopressina: atua na formação de vínculos nos cérebros masculinos. Em outras espécies, ela é responsável por um comportamento associado à proteção de território. Mas em espécies monogâmicas está relacionada a vínculo, provavelmente porque o cérebro masculino considera a fêmea parte de seu território.

06.  Molécula de CRF (responsável pela durabilidade da relação): nessa química opera essa molécula que ajuda a manter a relação por longos períodos. Quando os amantes estão separados, a CRF os faz ter sentimentos negativos, até depressão.

07.  Propranolol, o uso do anti-hipertensivo: age na manipulação da memória por meio do emprego de técnicas adotadas hoje no tratamento de estresse pós-traumático. Nesse caso, o que se quer é apagar as lembranças ruins associadas ao evento que levou ao trauma.
- É um otimismo quanto à criação de mais recursos antiamor;
- Conforme o conhecimento do mecanismo cerebral por trás do sentimento se aprofundar, a tecnologia antiamor se tornará ainda mais poderosa.
- E mais opções estão em estudo, envolvendo treinamentos específicos e outras medicações.
- No caso do amor, os métodos seriam usados para fazê-lo desaparecer. “Pode-se imaginar terapia similar sendo usada para apagar a memória do amor”.
- Os pesquisadores defendem o uso de armas como essa para todos os casos nos quais a relação é claramente prejudicial e precisa ter um ponto final.

08.  Conclusão: Teoricamente, drogas poderão ser dadas às pessoas para manipular seu amor por seus companheiros. Os pesquisadores ingleses elencaram várias categorias de remédios que poderiam ser usadas para interromper a evolução da paixão.

Recorrer a recursos científicos e médicos para encerrar um amor: a proposta é bem polêmica!
Seria mesmo adequado tratar o sentimento como se lida com uma gripe, uma gastrite?
E as consequências éticas que podem advir do uso do que os estudiosos ingleses estão chamando de biotecnologia antiamor?

Argumentos a Favor
Argumentos Contra
- Imagine uma pessoa em um relacionamento violento. Ela sabe que precisa sair dessa situação, mas seu sentimento de vínculo é tão forte que não consegue. Se ela pudesse usar um remédio que possibilitasse uma separação emocional do parceiro, seria um uso possível.

- Pense em alguém atraído por outra pessoa que não o seu parceiro, mas que quer continuar fiel. A tecnologia antiamor pode ajuda-lo a diminuir seus sentimentos de atração pelo outro.

- Indivíduo com dificuldades para se recuperar de um rompimento e partir para outra experiência também se beneficiariam.

- Em Israel já houve a adoção de uma das armas. Por determinação de rabinos, antidepressivos foram dados a jovens para aplacar sua libido de forma que ficasse mais fácil, no entendimento dos religiosos, seguir as normas da religião sobre o comportamento sexual.

- É válido em alguns casos, como para alguém que quer terminar um relação com um marido violento.

- Os recursos seriam úteis quando as pessoas não são aptas a se recuperar de forma sadia após um rompimento. Como aquelas que começam a manter pensamentos suicidas ou a perseguir seus ex-parceiros.

- O alcoolismo, por exemplo, foi considerado durante muito tempo uma questão moral. Quando começou a ser tratado como um problema de saúde, houve a abertura para a criação de tratamentos. E eles melhoraram a vida das pessoas que estavam sofrendo.
- E quem garante que esses remédios somente serão usados nas situações individuais de alta tensão do ser humano? E se esses recursos forem usados para eliminar tipos de relacionamentos somente porque não são considerados aceitáveis pela sociedade. Um exemplo são as relações homossexuais. Será que esses remédios serão bem regulados e usados em casos realmente extremos? Quem determinará que o caso é extremo? Como garantir que não haverá abuso na aplicação dos métodos antiamor?

- Intervir para curar o amor embute o risco de tirar do ser humano uma oportunidade de evoluir. Se tomarmos uma pílula a cada vez que uma relação não der certo, nunca aprenderemos a ver o que fizemos de certo ou errado e como nos tornar pessoas melhores.

- O que seria de toda a maravilhosa arte, música e literatura feitas sobre o amor? Nada disso existiria se esses remédios estivessem disponíveis. A dor da perda nos torna criativos. 

- O iminente desenvolvimento de agentes antiamor nos coloca sob o sério risco de atitudes não éticas para manipular sentimentos românticos. É preciso começar a pensar em uma legislação que proteja, por exemplo, contra a manipulação involuntária do sentimento. Mas isso será um desafio.

- A proposta não seria mais um caso de “medicalização” de um sentimento. Ou seja, de tornar um problema médico uma emoção natural. Isso pode ser bom ou mau.

REVISÃO:

·         - Cientistas propõem o uso de remédios e de outras intervenções para acabar com o sentimento quando ele traz mais sofrimento do que alegria. E os recursos para tratar a emoção se tornarão ainda mais sofisticados. Assim, é possível interromper a progressão do sentimento em suas diferentes etapas.
·         - É possível apagar do cérebro as lembranças e as dependências causadas por esse sentimento – o amor. Aliás, os apaixonados têm pensamentos obsessivos.
·         - Ou seja, a neurociência está nos apresentando um entendimento novo do amor: o sentimento causado e comandado por hormônios e estímulos cerebrais.
·         - Então, esses remédios existem. Alguns já estão disponíveis, outros em estudo. A proposta está sendo feita por pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, uma das mais renomadas do mundo.