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São Francisco do Conde, Bahia, Brazil
Professor, (psico)pedagogo, coordenador pedagógico escolar e Especialista em Educação.
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"Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber" (Art. 205 da Constituição de 1988).

Ø Se eu sou um especialista, então minha especialidade é saber como não ser um especialista ou em saber como acho que especialistas devem ser utilizados. :)



“[...] acho que todo conhecimento deveria estar em uma zona de livre comércio. Seu conhecimento, meu conhecimento, o conhecimento de todo o mundo deveria ser aproveitado. Acho que as pessoas que se recusam a usar o conhecimento de outras pessoas estão cometendo um grande erro. Os que se recusam a partilhar seu conhecimento com outras pessoas estão cometendo um erro ainda maior, porque nós necessitamos disso tudo. Não tenho nenhum problema acerca das ideias que obtive de outras pessoas. Se eu acho que são úteis, eu as vou movendo cuidadosamente e as adoto como minhas” ("O caminho se faz caminhando - conversas sobre educação e mudança social", Paulo Freire e Myles Horton: p. 219).

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

O defeito do outro pode ser o seu.


Por que & Como estudar Biologia?

“O homem não morre quando deixa de viver,

mas sim quando deixa de amar”. (Charles Chaplim).

Por que estudar Biologia?


ü  Aumentar nossa capacidade de entender e de participar do que se passa no nosso dia-a-dia: quando se fala em clones, em alimentos transgênicos, em testes de DNA, ou nos projetos Genoma Humano, quando se descobrem novos tratamentos para as doenças e se vislumbra a cura para o câncer, quando se fala na possibilidade de “reviver” dinossauros, discutir a proteção à camada de ozônio, o efeito estufa, a poluição crescente da água e do ar, a extinção de várias espécies de animais e de vegetais é falar de temas relacionados à Biologia.
ü  Para ajudar na sua formação profissional e conquistar com segurança os espaços na sociedade. Para um futuro biólogo, médico ou dentista, o conhecimento de Biologia servirá como base necessária, não apenas para o vestibular como para a carreira que irá exercer;
ü  Mesmo que você não vá seguir uma carreira relacionada à Biologia, aprender as noções básicas dessa ciência ampliará sua compreensão do mundo; o que permitirá que decida e escolha melhor, sempre que, como cidadão, tiver que fazer suas opções. Então a Biologia serve para ampliar seus conhecimentos como cidadão e como cidadã consciente integrado (a) à sociedade e à natureza;
ü  Aprimorar as informações sobre os avanços nos conhecimentos da área de Biologia ligados: ao meio ambiente, oferta de alimentos, condições de saúde humana e os mecanismos que regem a vida.
ü  Amar e respeitar a vida ainda mais. 

Como estudar Biologia?

ü  Despertando o interesse pelo assunto e dando sua opinião sobre o que você já conhece a respeito do que será discutido, correlacionando o assunto estudado com o nosso dia-a-dia;
ü  Realizando aprofundamentos, complementos e enriquecimentos sobre os assuntos estudados, permitindo uma nova visão sobre o tema que foi desenvolvido;
ü  Utilizando assuntos de fontes de aspecto agradável, interessante, completo, adequado, sem excesso e sem faltas, e atualizado às suas necessidades como estudante de Biologia no Ensino Médio;
ü  Desenvolvendo conhecimentos inter-relacionados e segundo uma sequência lógica em que os assuntos se sucedem de forma integrada (relacionando as várias áreas da Biologia com outras áreas do saber), como base para novas descobertas;
ü  Realizando leituras complementares, atividades discursivas e questões de vestibular e do Enem, pesquisas na Internet, leitura das seções de ciências de jornais e revistas e reportagens dos noticiários e programas informativos. As habilidades, as questões e os testes são desafios que funcionam como estímulos, que o levam a raciocinar “biologicamente” (e ampliar sua visão biológica), utilizando o que foi aprendido ao longo dos estudos;
ü  Levantando temas para discussão, com textos seguidos de questões individuais e em grupos, realizando, quando possível, experimentos práticos para aplicar o que aprenderam na solução de problemas.
ü  Realizando roteiros de estudos e resumos de capítulos.
ü  Realizando análise crítica do que está sendo estudado, abrindo espaços para a reflexão e prezando valores voltados para a cidadania;
ü  Analisando imagens e frases importantes de um cientista ou de outra personalidade;
ü  Fazendo um Dicionário Biológico: uma lista de palavras-chave em Biologia, com seus respectivos significados.
ü  Colaborando com o seu professor a desenvolver o ensino de Biologia de forma a possibilitar que você construa seu conhecimento de maneira consistente, capacitando-o a conquistar os objetivos que almeja para a sua vida.

Biologia é a ciência que estuda os seres vivos (do grego βιος - bios = vida e λογος - logos = estudo, ou seja, o estudo da vida).

A Biologia é uma ciência bela, porém complexa, em que os fenômenos estudados geralmente são cercados por variações e exceções. Os fenômenos biológicos desenvolvem-se segundo determinados padrões, mas dentro de uma faixa de variação individual que precisa ser considerada e compreendida. Procure entender a Biologia como uma ciência dinâmica, pois dinâmica é a vida, uma realidade em constante transformação. Os seres vivos são organismos que mantêm complexas relações entre si e com todo o ambiente físico, compondo com este um complexo conhecido por ecossistema, de cujo equilíbrio depende a preservação da vida na Terra. 


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Quem realmente ganha com a Copa do Mundo de 2014?


1)      As Companhias Aéreas: na venda de passagens. Elas vão operar com 1.973 voos a mais do comum no período da Copa do Mundo. Só para a abertura da Copa serão oferecidos 20.004 novos assentos. E para a final, 25.000 novos assentos (sem falar que novos voos podem ser solicitados a qualquer momento, inclusive durante a Copa.). E os voos fretas e os executivos, hem? E o preço e as tarifas das passagens, como ficarão? Tudo isso vai mexer com 42% da Malha Aérea Brasileira: ao todo, 80 mil voos serão incluídos ou modificados. As rotas mais pedidas foram: do Galeão (Rio de Janeiro) – Ezeiza (Buenos Aires, Argentina): 262 voos e 59.756 assentos. Depois, Brasília para Guarulhos (288 voos e 45.558 assentos). E, depois, Fortaleza e Guarulhos (205 voos e 35.214 assentos). Segundo a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil). Agora resta saber se a capacidade dos aeroportos comportará e oferecerá serviços de qualidade: avalição do tráfego aéreo, pistas, pátios e os terminais dos aeroportos.
2)      O Meio Ambiente perde, nós consumidores, pagamos a Eneriga: O Governo teve que prometer +6 mil megawatts em novas usinas para a produção de eletricidade este ano. Além de +6.800 km de linhas de transmissão. O Ministro das Minas e Energias prometeu a realização de 07 leilões de energia e 05 de transmissão. É o plano de abastecimento para a Copa do Mundo: 77 obras de reforço já foram terminadas e 33 já estão em fase final de conclusão.
3)      Mais impostos: O ano de 2014 mal começou e, só em Janeiro agora, nós, brasileiros, já pagamos R$ 100 bilhões em impostos. É o aumento da Carga Tributária.
4)      A rede hoteleira e o Setor de Serviços privados: Imaginem só o fluxo de turistas que vão pernoitar – comer, beber e comprar durante essa Copa? Os donos de hotéis, pousadas, restaurantes e logistas vão “deitar e rolar”.


     Enquanto isso... Em Escolas Públicas de Goiás: Para combater a Violência em sala de aula a secretaria de Educação decidiu colocar a polícia militar para administrar 10 escolas públicas. Os pais dos alunos terão de pagar (de novo). O diretor será um policial (com formação em Pedagogia); PM’s vão dá aula de educação física e exigir disciplina dos alunos. As demais matérias continuarão a ser dadas por professores da rede estadual. A Secretaria de Educação de Goiás disse que a criação dos colégios é uma medida de segurança preventiva e da mais alta eficácia. É o sonho de: educação, segurança e disciplina. Mas os pais terão que comprar uniformes, sapatos (entre R$ 500,00 e R$ 600,00); os pais também vão ter que pagar R$ 100,00 de matrícula, R$ 50,00 de mensalidade e comprar dois livros que custam R$ 300,00. Na prática, a escola pública (já paga por nossos impostos), passará a custar ainda mais R$ 1.500,00 (despesa anual)! Normas disciplinares deveriam ser construídas coletivamente e não pela força, mas aquela realidade, pelo visto, já transbordou seu limite. Punição, ordens e disciplina por si só vão solucionar o problema da educação brasileira? Possa ser que não, mas que vai ajudar aquela realidade a preservar a vida dos alunos entre si e dos professores, bem como da comunidade escolar, talvez. 

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

COMO IDENTIFICAR UM MENTIROSO?

Essa é muito boa. Quem é que não gostaria de entrar na mente do outro e descobrir se ele realmente está falando a verdade ou não? Pois sabemos que nem só de verdades vive um homem, mas de toda mentira que lhe convém. O papinho do namorado, a lábia dos políticos, a conversinha “fiada” do vendedor, o discurso de um amigo... Tudo ao nosso redor está sujeito a verdades e mentiras. Então aí vão algumas dicas para ajudar você a sobreviver entre os Pinóquios.

Este assunto é bem delicado, e não vou lhe garantir que depois de lê-lo você poderá sair por aí gabando-se de ser capaz de flagrar mentirosos. Vamos lembrar que a experiência humana é rica e diversa demais para ser enquadrada em alguns sinais exteriores. Além disso, a mentira é companheira da espécie humana há tempo demais para se revelar facilmente. Mas valerá a pena. Se não nos fizermos peritos ou especialistas em detectar mentirosos, pelo menos nos fará mais precavidos.
Para mim, o pior tipo de mentira é aquele que sai de uma pessoa que você muito gosta, ama e confia. E essa pessoa mente sem sentir um pingo de culpa por isso. A mentira de fato aborrece, mas nem tudo destrói. Se a confiança vai para o ralo, pelo menos você se desilude logo de vez, sai das trevas da caverna e continua sua escalada rumo ao brilho do Sol.
Alguém pode MENTIR para você hoje e, como a mentira tem pernas curtas, fique esperto para algumas dicas de como perceber quando alguém não é sincero:

01.  Mentir, todos nós mentimos. Mas procure saber se a pessoa em quem você desconfia tem o hábito de mentir com frequência. Já dizia o velho ditado português: “O hábito do cachimbo deixa a boca torta”. A probabilidade de um enganador compulsivo tentar ludibriar de novo é altíssima.
02.  Não converse sobre assuntos sérios ao celular. É mais fácil mentir a alguém conhecido ao telefone do que cara a cara. Quase 40% das mentiras são ditas durante as ligações telefônicas e 27% em conversas presenciais. Apenas 21% de mentiras chegam em mensagens instantâneas enviadas por celular ou pelas redes sociais. Somente 14% das mentiras contadas por amigos, parentes e conhecidos chegam pelo e-mail.
03.  Quem abusa de “desculpinhas” o tempo todo, também costuma mentir sobre questões mais significativas. “O trânsito estava muito pior do que eu esperava, por isso me atrasei”. “Não liguei para você hoje porque eu tinha trabalho demais, nem notei meu celular”. “Sua mensagem foi direto para a pasta de lixo. Não sei o que aconteceu. Manda de novo, por favor”. São alguns exemplos das bastante prováveis.
04.  Provas, as valiosas provas. A pessoa simplesmente é investigada, já é suspeita de ter praticado determinado ato e ainda existem outros tipos de prova contra ela, faltando aí apenas a confissão definitiva.
05.  A maneira de falar. É ideal que a gente já tenha conhecimento da maneira de falar e de outros hábitos do suspeito. Assim, a mudança ou alteração do seu padrão comum de voz é um forte indício de distorção da suposta verdade que esteja defendendo. Alguém que não tem o costume e passa a gaguejar, por exemplo, durante o interrogatório já é muito para se desconfiar. Nos casos do comportamento, basta comparar se as atitudes têm a ver ou que sejam do mesmo conjunto da cultura do indivíduo suspeito de estar mentindo.
Vamos agora para o campo das “microexpressões faciais”: trata-se das reações faciais, corporais e verbais que fazem parte da natureza do ser humano. Pelo estudo da contração ou relaxamento dos 43 músculos dos rotos, é possível codificar e catalogar a gramática facial básica e universal da espécie humana. Ou seja, as sete emoções básicas (medo, tristeza, nojo, alegria, desprezo, surpresa e raiva) podem ser lidas nas expressões faciais dos seres humanos. Assim, existe universalidade nas expressões faciais de tristeza e alegria. Em todas as culturas as microexpressões básicas podiam ser facilmente associadas às mesmas emoções. Vejamos alguns exemplos:
a)      Demonstração de Desprezo: quando alguém quer demonstrar desprezo por outro alguém ou algo, geralmente faz um movimento involuntário com os lábios, esticando um lado mais do que o outro, produzindo um desenho assimétrico com a boca.
b)     Surpresa e Tristeza: um criminoso tende a fingir surpresa e depois tristeza ao ser interrogado sobre o destino da vítima. A surpresa é mais fácil de ser encenada. E um especialista é capaz de evidenciar as microexpressões faciais de uma pessoa que tenta fingir-se de triste quando não está. Aliás, só um ator de enorme talento e ainda assim depois de muita prática pode produzir todas as contrações musculares faciais associadas indelevelmente à tristeza.
c)      Desonestidade: Um desonesto sempre deixa marcas de sua mentira no próprio rosto, em sua fala, em seu corpo. Quer saber se um político corrupto está mentindo, por exemplo? Faça a ele uma pergunta totalmente inesperada, que o tire da zona de conforto, como um ‘por que o senhor teve de desviar dinheiro público?’, e note se sua face indica desprezo ou raiva, enquanto ele tenta se defender.

06.  Nossos olhares são bastante expressivos. Só os seres humanos forçam lágrimas, por exemplo. Mas os olhos são ainda mais sutis. Todos nós, e não apenas os grandes romancistas, podemos ler no olhar de homens e mulheres sinais inequívocos de amor, ódio, raiva, alegria, tristeza, triunfo ou desdita, confiança ou desespero. Então, faça a leitura do olhar.
07.  Procure desconexões entre o que a pessoa diz e como se comporta. Se alguém garante que ama a esposa, mas seu rosto denuncia um sentimento de desprezo, pode se tratar de uma tentativa de enganar o interlocutor.
08.  A verdade não precisa ser fabricada. A mentira sim. Essa daqui pode ser aplicada à Internet, o Facebook, por exemplo. Quando você está teclando com uma pessoa e ela diminui a velocidade normal com que tecla, fique em alerta: é indicação razoável de que ela está do outro lado mentindo. Logo, todo mentiroso pego com a guarda baixa precisa ganhar tempo para se recompor e continuar com sua historinha falsa. Isso pode ser interpretado como alguém que precisa ganhar tempo, pois está fabricando uma história.
09.  Mentir cansa e o mentiroso tem dificuldade de manter a mesma história por longo tempo. Por isso ele pode estar sempre tentando “encantar”. Mentir é estressante, já que é preciso ficar atento, tenso, o tempo inteiro. Então o mentiroso pode ser uma pessoa surpreendente demais, exageradamente.
10.  Cabe lembrar que existe um detector de mentiras. Alguém já deve ter visto algum em filmes de investigação policial. Existe sim e está em uso pelas polícias dos Estados Unidos, as técnicas mais modernas podem chegar quase à perfeição. Entre eles estão os algoritmos, programas de computador capazes de analisar centenas de milhões de dados e tentar encontrar neles algum padrão significativo. É por meio de um desses algoritmos que o Facebook varre toda a sua rede de mais de 1 bilhão de usuários em busca de perfis falsos. As pessoas que fingem ser quem não são no Facebook podem ser desmascaradas, como os mentirosos do mundo analógico, por emitirem sinais da própria falsidade. Ao contrário dos perfis reais, os falsos tendem a dar explicações copiosas sobre por que eles são quem dizem que são. Eles precisam convencer e, ao se esforçarem muito, se entregam. É quase uma confissão de mentira, que são frase do tipo: “Para ser totalmente honesto com você...” ou “Nunca revelei isso antes, mas para você eu vou dizer...” ou ainda “Por que razão eu mentiria?... (Bem, que tal para evitar ser condenado ou para salvar seu casamento?)”.


     Alguns sinais podem ser percebidos na análise da fala, no rosto ou expressões faciais e nas posturas do corpo. Vejamos alguns sinais que podem estar associados a alguém disposto ou decidido a soltar uma mentira cabeluda:

11.  Tocar nervosamente a ponta do nariz, a região logo abaixo dos olhos ou cobrir a boca ao falar.
12.  Fugir da pergunta e evitar o essencial, dando excesso de detalhes sobre fatos desconectados do ponto central.
13.  Alguém que fala com correção, e começa a cometer erros gramaticais grosseiros quando o assunto central da questão é levantado.
14.  Afastar a cabeça ou jogar os ombros para trás como reação a uma pergunta direta são movimentos defensivos de que não quer responder (não necessariamente mentir).
15.  Fazer gestos incompatíveis com a emoção descrita revela um esforço mental enorme em não fugir do enredo inventado.
16.  Repetir a pergunta que acabou de ser feita integral ou parcialmente é sinal de que a pessoa quer ganhar tempo para construir uma história falsa.
17.  Manter todo o tempo os punhos fortemente fechados ou as mãos no bolso é indicador de que a pessoa não quer dizer algo que considera valioso para quem pergunta.
18.  Quem percebe que está dizendo coisas desconexas ou falsas tende a terminar as frases (mesmo as sérias) com um sorriso e encolher ligeiramente os ombros.
19.  Quando uma pessoa está mentindo, ela tende a fechar os olhos por mais tempo, como se procurasse internamente uma resposta.
Vamos agora dá uma de especialistas na detecção de mentiras e aprofundar o assunto ainda mais, e avaliar a capacidade de uma pessoa perceber a dissimulação alheia. Vamos aprender a identificar um mentiroso (ou uma mentirosa)?
A)    Todos os indicadores seguintes podem ser sinais de mentira: presença ou ausência de gestos ilustrativos, microexpressões faciais, sorrisos falsos e qualidade vocal (esse é menos confiável porque pode variar muito de pessoa para pessoa).
B)    O típico dissimulado costuma repetir uma pergunta inteira que lhe foi feita antes de respondê-la, a fim de ganhar tempo para preparar a sua história e se recompor antes de conta-la.
C)    Um mentiroso não vai evitar contato visual quando você lhe fizer uma pergunta. Quem não é honesto costuma intensificar ainda mais o contato visual por achar que isso o ajuda a convencer os outros.
D)    Um sorriso falso é checado pelos olhos, pois os músculos que rodeiam essa região, chamados de orbitais, não são tensionados. O sinal mais importante é a falta dos pés de galinha, marca registrada de um sorriso verdadeiro.
E)     “Para dizer a verdade...” Essa é uma possível frase de quem está mentindo ou omitindo algo. Mentirosos usas afirmações como essa para tentar reforçar a aparente honestidade do discurso. Honestos não precisam enfatizar que dizem a verdade – os fatos falam por si.
F)     Se você quer evitar que o dissimulado lhe dê uma resposta defensiva, você precisa saber elaborar um questionamento. O segredo para conseguir respostas honestas, especialmente em entrevistas e interrogatórios, é evitar conflitos. Pedir à pessoa que explique a história, sem parecer julgá-la, e usando frase como “O que fez você fazer isso?” em vez de “Por que você fez isso?”, faz com que ela se sinta menos pressionada e a deixa propensa a dizer a verdade.
G)    Quando uma pessoa mente, os indicadores de mentira provavelmente estarão mais no comportamento da pessoa ao contar a história do que nas palavras com que ela narra sua história. Quem mente foca mais como descrever a história de maneira convincente, pela fala, e acaba se esquecendo da linguagem corporal. Para interrogadores profissionais, as palavras representam só 7% da forma como as pessoas se comunicam, enquanto a linguagem corporal  e outras informações não verbais contam 93%.
H)    Raiva, tristeza, nojo, alegria, desprezo, surpresa e medo sãos as sete emoções expressas da mesma forma em todo o mundo, ou seja, são todas emoções universais, expressas com traços faciais similares por qualquer indivíduo, independentemente de seus hábitos e do ambiente em que cresceu.
I)       Apesar de a intensidade do contato visual não ser um indicador de mentira, vale ficar atento se o interlocutor começa a piscar em ritmo acelerado. Geralmente, pessoas que contam uma mentira piscam involuntariamente mais do que quando estão falando a verdade.
J)       Dentre essas 07 emoções, Raiva, tristeza, nojo, alegria, desprezo, surpresa e medo, o desprezo é a que se expressa de maneira assimétrica no rosto quando verdadeira. A expressão de desprezo envolve apenas um canto da boca, que é puxado para cima, e não os dois, e outras características do rosto ficam assimétricas quando se compara um lado da face com o outro.
K)    A mentira leva a pessoa a se estender muito na introdução da história que conta. O mentiroso incrementa a narrativa com detalhes insignificantes que antecedem o evento principal. Esses detalhes geralmente são verdadeiros, incluídos para aumentar a credibilidade e distrair o ouvinte.
L)     Se a pessoas só consegue contar sua história em ordem cronológica, isso é indício de que é mentira. Geralmente as farsas são contadas estritamente de forma cronológica. Assim o desonesto consegue harmonizar todos os detalhes de sua versão, sem se contradizer.
M)   Se alguém conta a história descrevendo expressões que revelam emoções, isso é indício de que é verdade. Os honestos se lembram do que sentiram enquanto contam a história, ao passo que os mentirosos evitam incluir esses detalhes na sua versão – por não terem sentido, de fato, as emoções que relatariam.
N)    Se a pessoa faz gestos ilustrativos ao contar uma história, isso é indício de que é verdade. Quem conta algo verdadeiro faz muitos gestos para ilustrar o que diz, ao contrário de um mentiroso, que estará tão focado na história inventada que se esquecerá de falsear suas expressões corporais.
O)    Se a pessoa acaba de contar a história fazendo um balanço de como aquilo a afetou emocionalmente, isso é indício de que é verdade. A pessoa provavelmente terminará seu relato com um epílogo que resume o evento e mostra como aquilo a afetou. O mentiroso não gosta de prolongar a história, por isso prefere terminar logo depois da parte principal.
P)     Se a pessoa conta o clímax da história com muitos detalhes, isso é indício de que é verdade. O evento principal da história é a pior parte para o dissimulado, por ser o momento decisivo, no qual ele convence ou não o outro interlocutor. Por isso, narrará a situação de forma geral e rápida.

Tipos de mentira:
01.  Mentira Social: é aquela facilitadora da convivência, usada para fugir de um jantar indesejável, para recusar um convite ou para justificar um atraso. Pouca gente se incomoda com ela. Quando a praticamos ou quando nos aplicam uma delas não chega a ser nenhuma tragédia, embora esse tipo de mentira seja moralmente tão condenável quanto as enganações mais sérias.
02.  Mentira Intolerável: todos são ruins, mas essa corrói a coesão social e abala os alicerces da vida em comunidade. É a do criminoso que mente para escapar de punições, por exemplo. Ou a do demagogo que esquece o eleitor no dia seguinte ao da eleição. Ou ainda a da autoridade municipal que, para não perder o emprego, minimiza os danos de uma enchente ou a gravidade de uma epidemia de meningite.
03.  Mentiras Ofensivas: são aquelas ditas para afastar uma pessoa ou grupo de pessoas de algo valioso, de modo que o mentiroso usufrua sozinho. É a mentira do hominídeo, por exemplo, que direcionava os outros caçadores para o lado errado, roubando assim do rival a chance de dividir com ele mais tarde um naco de carne defumada. De forma boa, uma “mentira benigna”, enquadram os grandes dribladores do futebol ou do basquete, que fingem uma intenção e executam outra para se livrar de um defensor. De forma má, uma “mentira maligna” estão os falsificadores, os inventores de esquemas de investimentos fajutos e os malandros de todos os calibres.
04.  Mentiras Defensivas: essas são ainda mais clássicas, como aquela contada pela criança que quebrou um vaso caro e põe a culpa no vento. Mas é também a do assassino que nega ter estado com a vítima no momento em que ela foi morta.
De um jeito ou de outro, muito ou pouco, você vai mentir neste ano. Você também vai ouvir muitas mentiras em 2014. Isso porque a mentira é um recurso puramente humano, tão privativo da nossa espécie quanto a fala e a negociação. Nenhum outro ser vivo tem o dom da fala. Nenhum outro conhece os mecanismos da troca. A capacidade de falar, negociar e mentir foi sendo refinada durante a trajetória evolutiva humana até chegar a seu ápice na figura de um político treinado por um marqueteiro em ano eleitoral, por exemplo.
Esse assunto ainda ganha mais importância quando lembramos que os mais de 22500 candidatos aos mais diversos cargos eletivos vão se esmerar em ganhar seu voto usando, para isso, aquelas conquistas evolutivas da espécie que eles tão bem dominam. Mas é possível detectar qualquer mentira? Teoricamente, sim. A evolução dotou a espécie humana da capacidade de fingir, mas não, com exceção talvez dos poetas e dos grandes atores, de fazê-lo completamente.
Dizem os pesquisadores: um terço de todos os currículos profissionais contém pelo menos uma informação inventada. E pior: 83% dos recém-formados tentam enganar o entrevistador quando se candidatam ao primeiro emprego, e não se sentem culpados por isso. Ainda segundo eles, usando-se de todas as suas armas, consegue-se apontar um mentiroso em 90% dos casos. Em condições ideais, as taxas de sucesso podem chegar a 95%. 
Uma pessoa sem nenhum treino específico é capaz de identificar que está sendo alvo de uma mentira pouco mais da metade das vezes (54%). Nesse patamar ela consegue até atingir um índice de 67%. Os homens, afeitos a mentir oito vezes mais que as mulheres sobre seus próprios feitos, de modo a demonstrar suposto (e muitas vezes risível) sucesso. Os especialistas, usando de todas as suas armas, conseguem apontar um mentiroso em 90% dos casos. Em condições ideais, as taxas de sucesso podem chegar a 95%.
Com muita prática, flagrar a mentira se torna algo automático, como dirigir um carro. Se a mentira é inevitável, o melhor é ficar prevenido para a sua possibilidade, cedo ou tarde teremos que enfrentar sua dor, desilusão, mágoa e sofrimento. Ser capaz de perceber os sinais exteriores da mentira ajuda cada um a ser mais honesto consigo mesmo e com os demais. Saber quando alguém mente é uma maneira também de aprender a se educar para não mentir. Nós crescemos emocionalmente se somos capazes de identificar a falta de sinceridade de um interlocutor.


sábado, 1 de fevereiro de 2014

“República Federativa da Periferia do Brasil” – com “P” maiúsculo. Zôôôrra Total

Periferia... São pessoas com orgulho atrelado ao consumo. É formada pelas classes C, D e E – classe média e baixa. Universo de 155 milhões de pessoas (parcela que representa a maioria da população brasileira). Um contingente de pessoas que vem se consolidando como um gigantesco exército de consumidores. No ano passado (2013), eles gastaram, com produtos e serviços em geral, 1,27 trilhão de reais. Conforme levantamento do instituto Data Popular, só os jovens de classe C consumiram em 2013 algo em torno de 129 bilhões de reais, contra 80 bilhões das classes A e B e 19,9 bilhões da D. Como se calcula, tem um poder de compra que a poria no G20 do consumo mundial, ocupando a 16ª posição no ranking das nações que mais gastam (o Brasil está hoje na sétima posição). Estaria, dessa maneira, à frente, por exemplo, de Suíça e Holanda. E compram tanto porque, pela primeira vez, essas famílias conseguiram romper com a história de pobreza de seus antepassados. Nesse sentindo, estão deixando a miséria para trás e se inserindo na sociedade por meio do consumo: estão conseguindo gastar com supérfluos, como viajar de avião, ter um smartphone, etc. Ainda conforme o levantamento, a referência às viagens aéreas e aos telefones móveis conectados à internet ganha peso quando se analisam alguns dados recentes: 54% dos que tomaram um avião em 2013 pertenciam às classes C, D e E, que, por sua vez, têm em mãos 58% dos smartphones habilitados.
Durante décadas, houve pouca mobilidade social no Brasil. Pobre era pobre e classe média era classe média. Nos últimos anos, a ascensão social foi rapidíssima. Compreensível: entre 2002 e 2012, a renda familiar média dos 25% mais pobres cresceu 45%! (a dos 25% mais ricos subiu 13%). E os ricos, invejando ou debochando, tiveram que engolir o orgulho ferido de vê os pobres também tendo o direito de consumir. É aquele deboche feito no programa “Zorra Total” e em personagens de reviravolta nas novelas da Globo. O que aproxima os moradores das periferias brasileiras é a aspiração de ascender socialmente e ter acesso a bons serviços e a uma vida confortável. Desse desejo decorrem outras aproximações. A autoestima elevada e o orgulho mencionados antes (autoestima... Autoestima... Em cima, em cima!) estão por trás de um sentimento que se espalha e une diversas periferias: o apego às origens. Na verdade, o sonho de consumo do morador de bairros pobres se divide em três: ou morar onde vivem os integrantes das classes A e B (mudar para um local melhor) ou frequentar os lugares que eles frequentam (shopping centers, por exemplo) ou o orgulho de viver no subúrbio (agora com o crescimento econômico), mesmo que enriqueçam, não querem mais sair das periferias por uma questão de identidade cultural.
Muito dessa atitude de apego às origens está ancorado no empreendedorismo que, cada vez mais, se faz notar entre os integrantes das classes menos abastadas. De um total de 11,7 milhões de brasileiros que moram nas periferias, cerca de 20% se sustentam com a exploração de um pequeno negócio próprio. 47% dos empreendedores iniciaram a atual atividade há menos de 03 anos! Ou seja, tem o incentivo do governo aí. Os programas sociais e a distribuição de renda, acompanhados por maior escolaridade e oportunidades de educação, estão fazendo, aos poucos, as pessoas a saberem pescar. Estão se tornando empreendedores autônomos. Então podemos dizer que são duas coisas conjugadas: apoio do governo e esforços da população. Pois se lembrarmos das políticas sociais que tiraram 30 milhões de pessoas da pobreza entre 2003 e 2009 e do aumento real de quase 70% do salário mínimo entre 2003 e 2012. A maioria dos brasileiros situados nas classes mais baixas (87%) atribui a seus próprios esforços a melhora de sua vida, de acordo com o Data Popular. Melhora possível graças à mão governamental (Lula e Dilma) + trabalho + família + fé...
Os baixos valores de ganhos nunca deixaram de ser o fruto de uma má distribuição da renda. Apenas 5% dos brasileiros ganham um salário maior do que 4000 reais por mês e só 1% ganha acima de 11000 reais. Logo, seria equivocado identificar apenas 5% da população como classe média. No mundo, não é diferente. 54% da população mundial ganha menos do que a classe média brasileira.
Mas uma das conclusões mais importantes que se pode tirar daqui é o fato de que com isso tudo não se está querendo dizer que, diante de indicadores tão expressivos, a vida das classes menos favorecidas tenha alcançado padrões escandinavos. Em 2012, 3,2 milhões de domicílios das classes C, D e E não tinham água encanada; 9,2 milhões seguiam sem coleta de lixo e 19,4 milhões sem coleta de esgoto. Vive-se na periferia o paradoxo de ter um celular de última geração e ser obrigado a carregar uma lata d’água na cabeça. É a tal da diversidade (e também das diferenças) regionais. A periferia, com “P” maiúsculo, comporta distintas periferias, com “p” minúsculo. Na avaliação dos serviços públicos, numa nota de zero a 10, as classes C, D e E dão nota 4 para a segurança e a saúde; 4,5 para o transporte e 5 para a educação. E não imaginem total despreocupação política, mesmo a dos rolezinhos, pois ela reflete o pensamento das classes de menor poder aquisitivo: embora 54% de seus integrantes avaliem que o Brasil seria melhor sem partidos políticos, 81% consideram a política um assunto importante e 67% confiam que o voto pode mudar o país.
Ou seja, o debate não será mais tão focado no legado de cada partido, mas sim no que eles podem oferecer para o futuro. O jovem dessa classe emergente não está interessado no que Lula ou FHC fizeram; quer um político que melhore as condições de vida dele.