Por Neilton Lima
Professor, pedagogo e especialista em psicopedagogia.
SKYPE: neipensador@hotmail.com
01. Seu
cérebro vasculha dados na memória e cria associações entre eles. Quanto mais
dados, mais chances de surgirem conexões inusitadas e ideias criativas. Cada
novo conhecimento é como um ingrediente extra. Com mais opções, dá para criar
mais receitas novas. Devorar cultura agrega valor ao banco de dados do cérebro
e aumenta as chances de recombinações criativas. Logo, cultura inútil pode ser
útil no princípio do caminho até uma boa ideia. Referência ajuda. Quando vira
inspiração, então, faz muito mais. Veja de desenhos a documentários. Faça
cursos inúteis;
02. Grandes ideias brotam em contextos históricos e culturais propícios. E muitas vezes se apoiam em ideias anteriores. Mas ninguém é criativo sozinho. Grandes cabeças são obras do contexto em que vivem. Contexto + Interesse + Necessidade = IDEIA. É assim que o cérebro funciona: ou usa as associações já existentes ou cria novas – e é daqui que surgem produtos criativos (ideias novas). Logo, ter ideias é juntar pontos (X + Y = EUREKA!). Uma ideia só nasce se três partes colaborarem: 1) indivíduo (se domina o assunto); 2) sociedade (com repressão, as ideias podem demorar a ser incentivadas) e; 3) campo social (quais conhecimentos sobre isso já estão disponíveis). Ou seja, o mundo precisa colaborar.
02. Grandes ideias brotam em contextos históricos e culturais propícios. E muitas vezes se apoiam em ideias anteriores. Mas ninguém é criativo sozinho. Grandes cabeças são obras do contexto em que vivem. Contexto + Interesse + Necessidade = IDEIA. É assim que o cérebro funciona: ou usa as associações já existentes ou cria novas – e é daqui que surgem produtos criativos (ideias novas). Logo, ter ideias é juntar pontos (X + Y = EUREKA!). Uma ideia só nasce se três partes colaborarem: 1) indivíduo (se domina o assunto); 2) sociedade (com repressão, as ideias podem demorar a ser incentivadas) e; 3) campo social (quais conhecimentos sobre isso já estão disponíveis). Ou seja, o mundo precisa colaborar.
03. O
cara pega uma coisa e aplica na outra: isso é criatividade. Então você tem que
estudar de tudo. Se não existe cultura inútil, qualquer hobby pode ser de grande
valia. Buscar referências também se aplica ao que você pode estudar. Não se
prender a cursos que tenham a ver com o trabalho ajuda a aumentar a variedade
de associações que geram ideias criativas.
04. A
rotina acaba vencendo, então faça uma que realmente seja valiosa para o seu
cérebro, que trabalha como um louco. E se cansa. Exaurido, as chances de pensar
num CAMINHO ALTERNATIVO, em vem de seguir pelo conhecido, diminuem. Qualquer
economia de energia pode favorecer a criatividade. É por isso que muitos artistas
criam hábitos quase religiosos (olha a rotina positiva aí!?). Você elimina
pequenas decisões que fazem gastar energia sem necessidade. Isso ajuda a ter
uma vida mais criativa. Nesse piloto automático, as escolhas já estão feitas,
então o cérebro ganha energia para brilhar em ideias incríveis. Outro objetivo
em mente: FICAR SOZINHO. Uma grande ideia começa ser fabricada na solidão. E,
em geral, ela só aparece FRENTE A UM PROBLEMA. Esse é o primeiro desafio:
descobrir o que você quer fazer. Para aumentar as chances de ter uma ideia
criativa, você precisa definir o problema: o que estou fazendo aqui? Num site,
o projeto não é fazê-lo, mas analisar o público, ser bem específico. Assim fica
mais fácil se concentrar. E, nessa fase, CONCENTRAÇÃO É ESSENCIAL. Em algum
momento do processo criativo, eles precisam desse ISOLAMENTO. Não é à toa que
introvertidos conseguem ter ideias mais criativas do que extrovertidos: eles
sentem menos necessidade de interagir – e, por isso, passam mais tempo
concentrados. Logo, a rotina é adorável (e o silêncio também)!
05. Satisfaça-se:
ame seu trabalho. Trabalho bom é trabalho apaixonante! Não é preciso ser nenhum
gênio para dominar uma arte. Precisa-se de paciência e dedicação. “Experiência
Máxima”: isso acontece quando o foco é tão grande que a pessoa se funde ao
projeto. O grande truque é óbvio e não tão simples: gostar do que faz. Ou ao
menos ver sentido nele, acreditar que isso se enquadra nos seus ideais ou
personalidade. A paixão pelo que faz é o combustível que impulsiona a ser um
dos maiores inovadores do século. Mas, antes de chegar lá, é preciso dominar o
ofício. Esforço e dedicação podem levar ao domínio técnico de alguma coisa, que
pode, por sua vez, conduzir à excelência criativa. É por isso que há poucas
cenas mais emocionantes do que campeões olímpicos radiantes no topo do pódio. É
a essência do que uma vida de dedicação significa. Gostar do que faz e se
dedicar até ficar bom nisso é essencial para ter grandes ideias.
06. Não
funciono muito bem em reuniões chatas. Essa ideia de que renderiam excelentes sugestões
o fato de reunir as pessoas, proibir críticas e incentivar que todos falem o
que vier à cabeça é pura balela – rende mais é fofoca, abobrinha, ausência de
definições e perca do tempo. As pessoas têm ideias melhores sozinhas. No
falatório das reuniões, ideias predem o foco. Por isso, escolha o momento certo
de compartilhá-la. Quando ela é um embrião, sua insegurança e o descrédito
alheio podem arruiná-la. Quando a ideia ganha corpo, um colega pode ajudar.
Ideias compartilhadas funcionam melhor. “Minhas descobertas são criadas sobre
as suas”. Logo, saiba quando e como (e para quem) abrir a boca.
07. Viagens
mudam vidas. Viajar amplia o leque de referências. A estradinha vicinal de
ideias na sua cabeça vira um autobahn. Um bom agente de viagens sabe: viver
outra cultura abre a cabeça. Se conhecer outros lugares com a arte ou a
história ajuda, imagine viver para valer em outra cultura. Então, viaje para
outros mundos.
08. Relaxa
e brilha: imagine a mente como uma janela aberta. A atenção consciente quer
entender o que pode ver através dessa janela. Mantém o foco nisso, e deixa de
lado tudo ao redor. Quando o corpo relaxa e a consciência sai de cena, o
inconsciente toma as rédeas da atenção e passa a analisar elementos até então
ignorados. O consciente foca só o palco iluminado, o inconsciente capta o
teatro como um todo. Por isso as chances de conexões inusitadas acontecem no
estado inconsciente. O inconsciente toma conta e a ideia nasce. Para o
espetáculo do surgimento de ideias acontecer, o lobo frontal precisa sossegar,
o que se resume em uma simples ordem: relaxe. É por isso que tantas ideias
aparecem enquanto cantarolamos no banho. Ou no bar. Tato foco também cega a
mente. Chega uma hora em que você precisa mandar tudo às favas e se divertir.
Pessoas que beberam até três latas de cerveja, portanto mais relaxadas, ficam
mais criativas. Cinema, música ou meditação funcionam da mesma forma. São
atividades que, geralmente, colocam o corpo em estado de relaxamento. Nesses
momentos, o cérebro voa mais e revira a caixa de memória com mais liberdade.
Mas isso é um tanto pessoal. “Você precisa encontrar algo que faça seu cérebro
tirar o foco do problema e ir para outros lugares”. Dessa subjetividade surgem
comportamentos excêntricos. Então deixe seu cérebro voar sozinho de vez em
quando. Mas tem limite. Para a ideia criar corpo, o consciente precisa retomar o
lugar. É hora de agir, não de pensar. “O truque é brincar com a dinâmica do
cérebro. Quando você estiver nervoso, saia para tomar um banho. Depois volte.
Quanto mais relaxado, maior a capacidade de associação. Quanto mais acelerado,
menos coisas você vê pelo caminho”. Relaxa e brilha.
09. Todos
têm algum tipo de medo. Mas nem todos conseguem continuar tentando. Não faça
parte desses. Persista e insista. Então você precisa superar outro desafio: o
medo (o seu – de ser ridicularizado – e o alheio). Mudar o mundo ou aparecer
com uma ideia nova pode gerar pavor. Siga tentando. O desafio é tirar dos erros
uma lição, encontrar pontos que possam ser melhorados. Com paixão e trabalho, o
caminho parece mais possível. E menos assustador.
10. Ser
criativo funciona de maneira diferente para cada um. Não há receita pronta nem
passo a passo perfeito. Ninguém vira gênio de uma hora para outra e nenhum
gênio tem ideias brilhantes todo santo dia. Entretanto, estão aí algumas
ferramentas valiosas para estimular momentos criativos. Agora que você as
conhece e as entende, adapte e aplique na sua vida!